Moto do Dakar é supermáquina que anda a 160 km/h... na terra
O Rally Dakar certamente é a prova automobilística mais exigente do mundo. A edição 2016, por exemplo, que iniciou em 2 de janeiro, vai percorrer 9.319 km em percurso de ida e volta entre Argentina e Bolívia. Além de resistência para enfrentar regiões de terra, cascalho, montanhas e deserto, regadas de obstáculos de todas as dificuldades, as motocicletas precisam entregar desempenho para os trechos especiais cronometrados.
No caso da Honda, o modelo usado desde 2014 no evento, CRF 450 Rally, conta motor monocilíndrico de 450 cc e arrefecimento líquido -- até aí, nada demais --, porém com duplo comando de válvulas (DOHC). Um radiador exclusivo para o óleo vai instalado sobre a estranha carenagem. “É uma solução para lidar com o longo período em que o motor tem que trabalhar a altas temperaturas", explicou Geraldo Lima, mecânico de Azevedo.
A potência estimada (não há dados oficiais) é de 60 cv, o suficiente para fazer um competidor ultrapassar 160 km/h... na terra.
Tem até pneu sem ar
Quadro de alumínio e peças em fibra de carbono fazem o peso da moto, já com os 32 litros de gasolina exigidos pela organização, ser de meros 160 kg, apesar de todo o porte. Pneus e "mousse" (uma espécie de borracha que substitui o ar nos pneus usados por motos de ral, para evitar furos) são fornecidos pela Michelin.
Mesmo toda a tecnologia embarcada não evita acidentes como o que o piloto brasileiro sofreu no segundo dia de evento -- ele caiu no trecho entre Carlos paz e Termas de Rio Hondo, sem sofrer ferimentos. Os tanques traseiros quebraram e ele não teve como seguir na prova. É mais uma mostra de que nem mesmo a mais fantástica das máquinas e o mais experiente dos pilotos estão imunes aos perigos de uma competição tão traiçoeira.
Viagem a convite da Honda Racing Brasil.
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