Megamotos: veja 5 motos fortes e com conforto de carro para pegar a estrada

Imagine que você e mais quatro amigos farão uma viagem de São Paulo (SP) até Porto Alegre (RS) cada um com uma moto de alta cilindrada de uma marca diferente e com maior torque disponível no catálogo para o Brasil. A ordem é pilotar modelos touring, feitos para viajar, mas fugir do convencional. Assim, a distância entre as cidades é superior a 1.000 quilômetros e para tornar a brincadeira ainda mais divertida vocês trocarão de moto a cada 200 quilômetros.

Estas são as premissas desta aventura hipotética. Nossa seleção para fazer esta viagem, porém, inclui modelos bem reais e definidos por suas principais características, numa lista que foge do óbvio (é bom repetir): Triumph Rocket III Roadster, Ducati Diavel, Kawasaki Concours 14, Honda Gold Wing e BMW K 1600 GTL.

Além do torque poderoso e peso elevado, todas têm em comum extensa lista de itens. Tanto conteúdo tem seu preço e todas as escolhidas, infelizmente, custam tanto quanto um sedã médio -- as mais caras têm preço de carro de luxo. Todas, porém, garantem conforto para viajar.

Vamos começar pela inglesa Triumph Rocket III Roadster. O modelo tem como destaque o enorme motor de três cilindros em linha. Uma poderosa usina de força de 2.294 cm³ de capacidade cúbica capaz de oferecer a potência máxima de 142 cavalos. Porém, o grande destaque vai para o torque absurdo do propulsor que pode chegar a 22,5 kgfm em apenas 2.750 giros para empurrar os 320 kg da moto.

O resultado é uma aceleração brutal enquanto o enorme pneu traseiro enruga o asfalto. O guidão comprido, pedaleiras alongadas e um assento confortável transformam a viagem na Rocket em uma grande diversão. Com certeza, o piloto nem perceberia os quilômetros passarem e, em pouco tempo, já teria que trocar de moto para seguir a brincadeira.

A próxima da lista é a Ducati Diavel. Com porte abrutalhado e design inovador, a power cruiser italiana é movida pelo poderoso Testastretta 11º composto por dois cilindros em "L" de 1.198,4 cm³, que produz 162 cv de potência máxima e 13 kgfm de torque a 8.000 rpm.

Mais leve que a Rocket, com 239 kg, com a Diavel o piloto vai encurtar distâncias ouvindo ao exótico som médio-grave do comando desmodrômico que atua sobre as válvulas do motor.

A terceira troca de moto já seria feita perto de Curitiba e caberia ao piloto a "difícil" tarefa de mudar de moto e de estilo. Seria a hora de pular para a japonesa Kawasaki Concours 14, uma máquina de viajar. Destaque para a capacidade de contornar curvas, algo característico das sport-touring. O motor é um quatro cilindros em linha de 1.352 cm³ com potência máxima de 155 cv e 13,9 kgfm de torque máximo.

Parte de seu peso de 304 kg (em ordem de marcha) se deve ao enorme pacote de equipamentos de conforto e segurança. Se estiver frio, basta acionar o aquecimento das manoplas ou elevar o para-brisa -- tudo com um simples toque do botão. Com relação à segurança, oferece múltiplos modos de potência e controle de tração.

Na próxima parada seria a hora de conhecer as qualidades da tradicional Honda Gold Wing. Equipada com seu enorme motor boxer, de seis cilindros opostos de 1.832 cm³, a touring da Honda consegue ser uma moto equilibrada e fácil de pilotar, apesar dos 387 kg a seco.

Esse equilíbrio é resultado do baixo centro de gravidade e o avantajado torque de 17 kgfm a 4.000 giros Além disso, o piloto pode desfrutar da grande série de equipamentos dessa touring. Sistema de som, freios ABS, aquecimento dos bancos e também marcha a ré fazem dessa moto uma lenda das estradas.

A última moto a ser pilotada seria a exclusiva BMW K 1600 GTL. Esta alemã traz motor de seis cilindros em linha, 1.649 cm³, potência de 160 cv e 17,8 kgfm de torque. Seu peso de 321 kg (a seco) pode até assustar os pilotos menos experientes, porém a receita alemã mescla conforto, desempenho e muito equilíbrio.

Assim como a Honda Gold Wing, o modelo oferece vasta lista de equipamentos, que faz de qualquer viagem um curto passeio. Sistema de som, bancos aquecidos e muita eletrônica embarcada a colocam entre as motos mais sofisticadas do planeta.

Assim, revezando os modelos citados a cada 200 km, a viagem entre São Paulo e Porto Alegre vai parecer um simples bate-e-volta.