Confira a evolução do Honda Civic em 20 anos de produção no Brasil
O tempo passa mesmo rápido: já faz 20 anos que o Honda Civic começou a ser produzido no Brasil. De lá para cá o sedã se tornou um dos modelos mais icônicos do nosso mercado, sendo uma espécie de referência para demais marcas generalistas.
De 1992, quando o modelo começou a ser importado, até 2017, foram nada menos que 630 mil unidades comercializadas. É claro que, nesse período, o carro passou por mudanças e alguns altos e baixos. UOL Carros conta agora como foi a evolução do Civic nacional ao longo destas duas décadas.
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Civic brasileiro ao longo dos anos
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1997 - Geração 6
O Civic se tornou brasileiro na sexta geração, que na verdade estava mais para uma reestilização mais profunda da geração 5. Utilizava somente motor 1.6 4-cilindros 16V a gasolina com bloco e cabeçote de alumínio, porém em duas calibrações diferentes: SOHC de 106 cv e VTEC (comando variável na admissão), de 127 cv. Câmbio era manual de cinco ou automático de quatro marchas. Destacava-se pelo uso de suspensões independentes, barras de proteção laterais, direção hidráulica e versões de topo com controle de cruzeiro, airbags frontais e freios ABS. Era vendido em cinco configurações, de R$ 25.950 a R$ 35.700. Em 1999, ganhou leve facelift.
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2000 - Geração 7
Um ano e meio depois de ser reestilizado, em dezembro de 2000, o Civic trocou de geração. A sétima plataforma do sedã trazia nova motorização -- um quatro-cilindros de 1,7 litro e 115 cv ou 130 cv -- e novas soluções arquitetônicas, como assoalho plano em todos os pontos da cabine. Visual, embora reformulado, ainda se mostrava um bocado conservador. Mesmo assim, tornou-se líder de vendas no segmento em 2001 e alcançou 100 mil unidades produzidas localmente em 2003. Manteve a mesma estrutura de versões do antecessor, cobrando entre R$ 34.281 e R$ 47.375. Em 2004, foi realizada a tradicional atualização de meia-vida do modelo.
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2006 - Geração 8
Todo o conservadorismo estético ficou para trás com a chegada da oitava geração, conhecida como "New Civic", em 2006. Ali o três-volumes quebrava uma série de paradigmas com design futurista, propondo uma dianteira bicuda e bastante afilada, sendo teto de caimento fluido e terceiro volume quase ao estilo notchback. Por dentro, um quadro de instrumentos em dois níveis dava ares de "nave espacial". A proposta era tão vanguardista que até os dias de hoje serve de referência a projetistas de diversas marcas.
Trens-de-força mais uma vez foram trocados, com a chegada das unidades 1.8 de 140 cv, já flex, e 2.0 de 192 cv com duplo comando de válvulas para a inédita versão esportiva Si, lançada em março de 2007 (e feita localmente). Câmbio automático passou a ser de cinco marchas, mas ainda era um dos pontos mais polêmicos do modelo, devido ao alto consumo de combustível. Suspensões dianteiras foram simplificadas para a arquitetura McPherson devido à redução do cofre do motor. Em 2008, a Honda celebrou 300 mil exemplares produzidos em Sumaré (SP) e no mesmo ano passou a dotar a versão de topo EXS com controle de tração e estabilidade. Em 2007, era vendido entre R$ 59.600 e R$ 99.500. -
2011 - Geração 9
A Honda parece ter gastado toda sua dose de ousadia na geração anterior, porque a nona... Chegou ao mercado sem empolgar. Afetada pela crise econômica iniciada em 2008 e pelos tsunamis que assolaram o Japão, a fabricante teve o trabalho de desenvolvimento comprometido, focando basicamente em melhorar espaço interno e de porta-malas.
Resultado foi uma atualização protocolar: visual não trazia qualquer elemento inovador, sem grandes novidades em motorização ou tecnologias -- destaque apenas para a inclusão de airbags laterais. Apesar da perda de fôlego em inovação, foi esta geração a responsável por fazer o Civic chegar a 500 mil exemplares feitos em nosso país. Na época de lançamento, fim de 2011, custava entre R$ 66.660 e R$ 86.750. Versão Si chegou a ser vendida no Brasil apenas na configuração cupê, mas era importada do Canadá. -
2016 - Geração 10
Devido ao relativo fracasso do Civic 9 (especialmente nos Estados Unidos), a décima geração teve o núcleo de desenvolvimento transferido para a divisão americana. Resultado: o arrojo visto no New Civic ressurgiu no modelo, apresentado ao consumidor brasileiro em agosto de 2016. Design arrojado, com terceiro volume ao estilo fastback e uso de grade, faróis e lanternas com toques futuristas, casaram bem com o porte largo e musculoso do sedã.
Por dentro, um novo padrão de acabamento, com bom uso de telas digitais nas versões mais caras. Enquanto o propulsor 2.0 FlexOne foi mantido em quase toda a gama, a configuração de topo Touring recebeu o primeiro motor turbo da história de um Honda feito no Brasil: trata-se de um quatro-cilindros de 1,5 litro com injeção direta, só a gasolina,173 cv. Transmissão automática também deu adeus, dando lugar a uma bem acertada caixa CVT. Elevação do tíquete (de R$ 87.900 a R$ 124.900) e limitações de produção (mais focada a atender a demanda do HR-V) limitaram as vendas -- atualmente, o modelo ocupa a vice-liderança do segmento, mas está bem atrás do arquirrival Toyota Corolla. Versão Si está confirmada para 2018.
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