Até 38 km/l na cidade: como BYD e outras marcas têm carros tão eficientes

As montadoras chinesas estão em evidência como nunca no Brasil após o anúncio, na última quarta-feira (5), da primeira fábrica de veículos leves da BYD no país.

É a terceira marca do gigante país asiático a confirmar a produção veículos por aqui - juntamente com a GMW (Great Wall Motor) e a Caoa Chery, já instalada no Brasil.

Chama a atenção o fato de as três marcas oferecerem SUVs, ainda importados, com impressionantemente baixo consumo de combustível (no caso, gasolina).

O recém-lançado BYD Song Plus, por exemplo, tem médias de 38,4 km/l na cidade e de 28,1 km/l na estrada

O novo GWM Haval H6 Premium PHEV não fica muito atrás: são 23,4 km/l de gasolina no ciclo urbano e 27,9 km/l no rodoviário

O Caoa Chery Tiggo 8 Max Drive vai na mesma linha: faz 32,7 km/l na cidade e 27,9 km/l na estrada

As médias de consumo informadas acima são do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia)

Como é possível beber tão pouco?

Os três exemplos acima são de utilitários esportivos do tipo híbrido plug-in

Além do motor convencional a combustão, eles trazem um ou mais motores elétricos

Diferentemente de híbridos como o Toyota Corolla Cross, as baterias dos híbridos plug-in são maiores e podem ser recarregadas na rede elétrica

Também contam com motor elétrico mais potente

Dessa forma, a propulsão elétrica é muito mais acionada do que em híbridos convencionais

Na verdade, veículos do tipo podem rodar mais na eletricidade do que na gasolina

Além disso, podem rodar uma distância considerável no modo 100% elétrico

Assim, poupa-se muito mais combustível

Por que consumo é menor na cidade?

Os mais atentos devem ter percebido: as médias de consumo do trio chinês são menores na cidade do que na estrada

Nos carros convencionais a combustão, o consumo é maior no para-e-anda do ciclo urbano

Contudo, nos híbridos convencionais e do tipo plug-in, as frenagens e as desacelerações tão comuns nas cidades ajudam a recarregar as respectivas baterias

Com essa tecnologia, é nas vias urbanas que a propulsão elétrica mais entra em ação

Na estrada, com velocidade constante, recupera-se menos energia e o(s) motor(es) elétricos atuam com menor frequência

Dependendo do veículo, na estrada o motor a combustão trabalha mais na recarga das baterias

Portanto, a maioria dos carros híbridos tem menor consumo no ciclo urbano

Como é feita a avaliação de consumo do Inmetro

• O PBE mede o consumo energético em MJ/km (megajoules por quilômetro) e também em km/l dos modelos comercializados aqui
• Ou seja, avalia o gasto necessário de energia para determinado automóvel se locomover
• Quanto menor for o gasto a cada km rodado, mais eficiente será determinado automóvel
• A medição segue teste padronizado de consumo, em condições controladas, atribuindo nota que vai de "A", para os modelos mais eficientes, até "E", para os menos eficientes

Confira abaixo detalhes de consumo dos três SUVs chineses citados acima e também de outros dois SUVs híbridos plug-in de outras marcas que também fazem bonito quando a prioridade é beber pouco.

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