Três perguntas que você deve se fazer antes de comprar uma moto maior

Trocar street urbana por modelo mais potente envolve emoção, cabeça e bolso. Veja dicas para acertar na escolha
A primeira moto a gente nunca esquece. É com ela que rompemos as barreiras do desconhecimento, percorrendo o caminho que do "beabá" do guidão nos levará à segurança de enfrentar modelos maiores, que exigirão mais de nossa habilidade -- e também do nosso bolso.
Esta evolução no mundo das duas rodas exige juízo e muito bom senso. Ao decidir sair de uma street de 100 a 300 cc para uma máquina de maior porte, o motociclista precisa encarar o espelho e se fazer ao menos três perguntas fundamentais:
1) O que eu quero?
2) O que eu posso?
3) Do que eu preciso?
Respondidas estas questões de maneira sincera, a aquisição certamente preencherá suas necessidades e evitará decepções. Com certeza a dúvida mais difícil é a primeira, pois em boa parte envolve a emoção, um fator que não é exatamente simples de ser administrado.
O que eu quero?
Mais do que qualquer outro tipo de veículo, as motocicletas têm poder de mexer com os sentimentos. É exatamente nesta característica que está a graça delas. Quem não gosta ou não se interessa por motos tem dificuldade de entender este aspecto tão evidente para os motociclistas. Concordam?
Quem gosta de motocicletas sempre querer o máximo. Felizmente as opções no Brasil são atualmente fartas: há modelos para todos os gostos e bolsos. O maior problema talvez esteja justamente nessa "fartura".
Quem cede à tentação de escolher uma moto baseado só no desejo acaba, quase que invariavelmente, por quebrar a cara (ou, melhor dizendo, a conta bancária).
O que eu posso?
Como sonhar não custa, mas tornar realidade os sonhos realidade sim, a questão nº. 2 surge para ajudar definir o impasse e, muitas vezes, devolver o comprador à dura realidade de suas possibilidades financeiras.
Uma das mais clássicas polêmicas é sobre a opção entre uma moto usada mais potente e glamourosa ou uma zero-quilômetro mais simples, porém menos rodada. Vale comprar uma 600 cc de quatro cilindros e ronco estupendo com 40 mil km no hodômetro ou uma 500 cc mais nova e menos emocionante?
Resolver este "braço de ferro" entre coração e razão exige equilíbrio. É aí que vale a grande dica: a realidade do bolso é sempre o melhor caminho.
Uma moto usada exigirá mais manutenção, especialmente se tiver motor mais sofisticado. Além disso, por mais que o som seja lindo, é simplesmente impossível (e é assim que realmente deve ser) desfrutar do desempenho puro de uma máquina dessas dentro da cidade, certo?
Do que eu preciso?
Este raciocínio realista leva à última questão. Se o uso premia apenas aspectos práticos, tipo o ir e vir do trabalho, pule a parte da emoção e opte pela simplicidade e resistência de um modelo mais pacato, mas que te deixará menos íntimo da oficina e também do posto de combustível.
Agora, se o que você quer é uma motocicleta puramente para lazer, como em viagens de final de semana ou até track days, aí vale o investimento.
Enfim, para subir o degrau que te leva das utilitárias urbanas às máquinas de 500 a 750 cc é preciso consultar sua alma, seu bolso e seu atual momento de vida. Com certeza uma resposta bem pensada ao trio de perguntas proposto vai afastar o perigo do arrependimento, e aumentar bastante as suas chances de ser feliz com sua máquina.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.