Por que há tantos acidentes de moto em SP? Veja causas e possível solução

Iniciativa da associação das fabricantes de motocicleta tenta resolver um dos grandes problemas da maior cidade brasileira
A cidade de São Paulo exerce uma vocação ímpar envolvendo recordes com motocicletas. Se por um lado tem a maior frota circulante de veículos de duas rodas do país, por outro é também o município que registra o maior número de motociclistas acidentados.
Um exemplo: em 2017, praticamente 80% dos acidentes registrados nas Marginais Tietê e Pinheiros envolvem veículos de duas rodas.
Que as motos atualmente são fundamentais para o funcionamento da cidade é um fato irrefutável. Que os acidentes envolvendo motociclistas viraram um problema de saúde pública, idem. Cada episódio resulta em perdas: de saúde, de produtividade, de tempo e inclusive de paciência dos cidadãos, fartos desta situação que parece não ter solução.
Eis aí um verdadeiro paradoxo: se um dia as motos fossem proibidas de circular, até mesmo o mais ferrenho rival deste tipo de veículo seria prejudicado. Ao mesmo tempo, os serviços de assistência a acidentados viveriam um clima de quase feriado.
As causas
Na aeronáutica é consenso que um acidente não possui um só motivo, pois quase sempre é resultado de um conjunto de fatores que leva ao desastre. Tal premissa se encaixa perfeitamente para a epidemia de acidentes com motociclistas, e não só na maior capital da América do Sul.
O dedo acusador gosta de apontar para a irresponsabilidade dos condutores como sendo a causa nº. 1 dos acidentes, mas há bem mais explicações para o problema.
Mau treinamento -- o processo para conseguir a CNH é uma piada --, más condições das vias, falta de educação dos outros usuários das ruas (motoristas, ciclistas e pedestres) e também o mau estado de conservação de boa parte da frota encabeçam uma longa lista de motivos para os acidentes com motos.
Esboço de solução
Do mesmo modo, soluções para reduzir a quantidade de ocorrências também são múltiplas, mas ao menos uma boa iniciativa está sendo tomada: trata-se do Motocheck-up, uma espécie de blitz educativa que esta semana chega à sua 21ª edição.
A este roteiro são acrescentadas palestras sobre pilotagem segura, dicas sobre como frear corretamente e um variado cardápio de orientações.
Por mais experiente que seja um motociclista, por mais quilômetros que tenha nas costas, ninguém que passe por um Motocheck-up sai sem ter aprendido algo de relevante sob o ponto de vista da segurança.
Ter uma simples noção de como constatar eventuais problemas mecânicos, conhecer os principais pecados da manutenção e obter informações sobre boas práticas ao guidão já são formas de encarar o problema de frente e de maneira prática.
Motocheck-up deveria ser um evento realizado toda semana e em todas as cidades do país. Concordam?
SERVIÇO: 21º MOTOCHECK-UP DE SÃO PAULO
+27 a 29 de junho, das 9 as 16h.
+Av. das Nações Unidas (Marginal Pinheiros), 22.002, canteiro central - Jurubatuba (em frente à loja MWM)
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