Lista mostra 13 situações que provocam acidentes de moto
O experiente motociclista Harold de Beck, membro do motoclube holandês MAG (Motorcycle Action Group), se debruçou em informações relativas a dois mil acidentes que envolveram usuários de motocicletas em seu país. O resultado é um ranking das 13 principais situações que geraram tais acidentes.
A iniciativa de Harold nasceu de uma ação promovida pela Fema, a união das associações de motoclubes de toda a Europa, que convocou seus associados a colaborarem para a realização de uma aprofundada pesquisa sobre o uso da motocicleta no continente. Entre novembro de 2011 e abril de 2015, foram cerca de 18 mil entrevistas.
Batizado de "Riderscan", o estudo tem quase 200 páginas e pode ser obtido no site oficial da Fema (neste link aqui).
13 situações que mais geram acidentes sobre duas rodas
1. Frenagem de emergência
2. Piso escorregadio
3. Erro na execução de uma curva
4. Travamento de roda por frenagem excessiva/errada
5. Desrespeito da preferencial (semáforo ou sinalização de "Pare")
6. Veículo que ingressa na via saindo de garagem ou de via secundária
7. Veículo que vem em sentido oposto e cruza a frente da moto
8. Veículo trafegando na contramão
9. Veículo que muda de pista e atinge a moto lateralmente
10. Veículo que atinge moto parada por trás
11. Veículo que desvia de obstáculo e atinge a moto lateralmente
12. Veículo que atinge a moto por trás por erro de cálculo na ultrapassagem
13. Moto que bate atrás de outro veículo por não manter distância
Vale destacar algumas das conclusões do "Riderscan":
Asfalto ruim mata
Apesar da realidade europeia ser bem diferente da brasileira em diversos aspectos, inclusive na que diz respeito ao uso da motocicleta e demais veículos, prestar uma boa atenção na listinha dos "13 pecados" certamente servirá para alertar a qualquer um que se disponha a pilotar uma moto em qualquer lugar do planeta.
A primeira delas é que os países europeus onde a pavimentação é pior são os que apresentam o maior índice de acidentes com motocicletas. Tal conclusão soará bem familiar para nós, motociclistas brasileiros, vítimas literais de rodovias e ruas cujo mau estado infelizmente é o padrão vigente.
Respeito ao mais fraco salva
Outro dado interessante diz respeito à relação entre a frota de motocicleta dos 31 países europeus pesquisados (estimada em mais de 23 milhões de motociclos) e o índice de fatalidade nos acidentes em motocicletas. Curiosamente a Itália, líder disparada em termos de frota circulante de motociclos (6,5 milhões de motos e scooters), apresenta um baixo índice de fatalidades, atrás apenas da Dinamarca, Holanda, Suíça, Espanha e Finlândia. Portugal, Polônia, Irlanda e Croácia estão na lanterninha neste quesito.
Como explicar? A extensa cultura sobre duas rodas é uma boa pista. Diferentemente da organização dos nórdicos ou a regrada viabilidade suíça, a Itália assim como a Holanda e Espanha tem uma tradição sobre duas rodas que faz com que todo cidadão seja um motorista que certamente um dia foi ciclista ou motociclista, o que faz uma baita diferença no convívio entre usuários das duas ou das quatro rodas.
Outro fator vem do elevado padrão dos equipamentos de segurança onde não apenas a qualidade como conforto e beleza incentiva o uso.
Mais dados curiosos vêm da divisão entre acidentes individuais e aqueles onde a motocicleta e outro veículo estão envolvidos, equilibrada em 50% cada; e a mínima contribuição de problemas técnicos na lista dos acidentes, apenas 2%, sendo a maioria por culpa de falhas nos pneus.
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