Opinião: Citroën C4 Cactus traz tecnologias para "espetar" concorrentes

Crossover tem estilo moderno e agrada por proporções compactas
Se o mercado de SUVs continua a crescer bastante no Brasil, há razões para apostar em avanços ainda maiores. Entre os de produção nacional, o recém-apresentado Citroën C4 Cactus, que começa a ser vendido esta semana, demonstra que novas tecnologias também ganham relevância nesse segmento.
O modelo, de forma clara, demonstra dupla personalidade. Na Europa tem o mesmo nome, mas lá se apresenta como um hatch sucessor do C4. Por aqui, o visual muda e não se restringe às barras de teto com desenho "flutuante".
Vão livre do solo de nada menos 22,5 cm, além de ângulos de ataque (22 graus) e de saída (32 graus), permitem enfrentar traiçoeiras lombadas, valetas e buracos que infestam cidades e até estradas por todo o país.
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Seu estilo moderno, mais típico de um crossover, agrada por proporções compactas -- apenas 4,17 m de comprimento -- que, no entanto, limitam o volume do porta-malas a 320 litros. Por outro lado, 2,60 m de entre-eixos e 1,71 m de largura garantem habitáculo confortável, incluindo bancos dianteiros bem dimensionados e amplo espaço para joelhos nos bancos de trás.
Forro do teto tem leve concavidade dupla (na frente e atrás). Assim, nenhum ocupante raspa a cabeça, embora falte opção de teto solar.
A marca montou um bom pacote de opções de segurança nas versões mais caras: alertas de atenção ao condutor, de saída de faixa, de colisão (detecta veículos e pedestres) e de frenagem automática e seis airbags.
O interior tem detalhes de acabamento interessantes. Mescla materiais agradáveis ao toque, apliques de tecido e plástico preto brilhante. Quadro de instrumentos é digital (idêntico ao do C4 Lounge). Até o volante de base achatada e parte superior levemente reta denota cuidados do projeto. Falta queda amortecida da tampa do porta-luvas.
Dois motores estão disponíveis: 1.6 aspirado, de 118 cv (com câmbio automático de seis marchas) e 122 cv (transmissãoo manual); 1.6 THP (turbo) de 173 cv/etanol (este oferecido apenas com caixa automática).
Esta última versão, aliás, é a mais potente do segmento e muda por completo o temperamento do carro, inclusive por fazê-lo acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 7,3 s, acompanhado por um som grave, algo exagerado com o motor em carga.
Suspensão bem acertada
Um dos pontos altos é o acerto de suspensões, o melhor entre quase uma dezena de concorrentes diretos. Direção precisa e freios a disco nas quatro rodas são outros destaques.
Desempenha bem no uso em caminhos sem pavimentação que dispensem sistema 4x4, ajudado pelo controle de tração mais apurado (Grip Control) herdado do Peugeot 2008.
Preços são bastante competitivos: vão de R$ 68.990 a R$ 98.990, em três níveis de acabamento. A marca decidiu valorizar seus modelos usados na troca pelo C4 Cactus e investir em assistência técnica desde carro-reserva para consertos acima de quatro dias ou mimos simples como checar pneus, fazer rodízio e completar níveis de água e óleo sem cobrar.
Para Ana Theresa Borsari, diretora geral do Grupo PSA, a rede de concessionárias Citroën será pró-ativa na venda de revisões a preço fixo até mesmo fora do período de garantia. "O serviço pré-pago tem crescido muito na Europa e pode se expandir também aqui. É o conhecido 'tudo-incluído', conceito surgido na hospedagem", completa.
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Alta Roda
+ Tendência no mercado brasileiro de aumentar oferta de SUVs com três fileiras de bancos. FCA, por exemplo, terá versões Jeep e Fiat para até sete lugares dentro de dois anos. Nos EUA, onde 40% de todos os veículos leves hoje à venda são SUVs de diferentes portes e usos, a versão de três fileiras do Jeep Cherokee representa nada menos de 60% das preferências.
+ Brasil e Argentina resolveram acertar os ponteiros para criar veículos harmonizados aos dois países. Acordo assinado em Brasília prevê normas iguais para itens de segurança, eficiência energética, emissões e normatização de autopeças. Resultados não serão imediatos, mas nada impede que fabricantes se adaptem antes com mudanças possíveis.
+ Volkswagen Gol vai bem com o novo câmbio automático de seis marchas. Forma um conjunto bastante saudável combinado ao motor de 1.6 de 16V (120 cv com etanol), sem hesitações e aceleração progressiva. Suspensão firme e robusta não mudou. Nova frente (já utilizada na Saveiro) ajuda no visual. Faz falta a direção de assistência elétrica: a hidráulica tem limitações.
+ Durante o inverno vale a dica de utilizar o aquecimento no lugar do ar-condicionado para elevar mais rápido a temperatura do habitáculo. Ainda assim, é melhor não se esquecer de ligar pelo menos uma vez por semana, no mínimo por 10 minutos, o ar-condicionado. Seus circuitos internos precisam de lubrificação para garantir durabilidade ao sistema.
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