Afinal, automobilismo ainda é importante para desenvolver carro de rua?
![Porsche 919 Hybrid nas 24 horas de Le Mans: modelo como este venceu a competição deste ano - DAMIEN MEYER/AFP](https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/bf/2017/06/21/porsche-919-hybrid-le-mans-2017-1498079099382_v2_900x506.jpg)
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Corridas têm histórico de contribuições aos automóveis; coluna destaca intercâmbio entre equipamentos das pistas que foram para a rua
Automobilismo de competição tem demonstrado longo histórico de contribuições aos automóveis convencionais utilizados em ruas e estradas de todo o mundo. Claro que categorias de ponta como Fórmula 1, protótipos do WEC (em inglês, Campeonato Mundial de Resistência) e de ralis desenvolvem projetos sofisticados cujas inovações são bastante caras e dificultam a migração direta para carros do dia a dia.
Porém, não invalida pesquisas e esforços técnicos que as corridas exigem sem parar. Os regulamentos mudam sempre e renovam os desafios. Por fim, se nem tudo pode migrar diretamente das pistas para as ruas, a relação de componentes utilizados em pistas e depois nos automóveis comuns é, de fato, extensa.
Em 1990, a FIA (Federação Internacional do Automóvel) fez um primeiro levantamento de inovações originadas nas pistas desde o início das competições no final do século 19. Foram 87 itens que entraram em produção em curto prazo, geralmente em automóveis mais caros e depois em modelos de alta produção, em prazos variáveis.
Para começar, os chassis desenhados para carros, sem inspiração nas carruagens, surgiram com a primeira corrida oficial entre Paris e Rouen, em 1894. Nos motores, dezenas de novidades, como os de altas rotações a partir de 1908, os compressores (1907), duplo comando e multiválvulas (1912). Caixas de câmbio de cinco marchas desde 1911. Tração 4x4 começou em 1906, mas levou 60 anos até chegar a um carro esportivo. Primeiro freio a disco estreou nas 24 Horas de Le Mans de 1953 e apenas dois anos depois já estava em modelo de produção. Até o simplório espelho retrovisor começou nas corridas, em 1911.
A prova de Le Mans, etapa principal do WEC, levou este colunista de volta ao circuito 47 anos depois de transmitir a prova em boletins ao vivo para a extinta TV Tupi. A infraestrutura atual é tremendamente melhor, desde o paddock, boxes, edifícios de apoio e até aeroporto a menos de um quilômetro da pista.
Em 1970, um Porsche, o emblemático 917, venceu pela primeira vez na classificação geral e este ano a marca conseguiu sua 19ª vitória. Quando decidiu retornar a Le Mans, em 2014, desenvolveu o 919 Híbrido que utiliza um motor V4 turbo a gasolina para tracionar as rodas traseiras e um elétrico para as rodas dianteiras. O mais interessante: duplo sistema de recuperação de energia por meio dos freios e dos gases de escapamento. Armazenamento é numa bateria de íon de lítio. Curiosamente, solução que veio das ruas -- do supercarro 918 -- para as pistas.
Quanto ao V4, não é mais utilizado em carros de rua (por enquanto...). Mas, antes de chegar a alguns modelos Ford, Matra e Saab em 1962, essa configuração estreou em corridas em 1898. Que mundo pequeno...
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Roda Viva
+ Comparado ao Polo 4 que saiu de linha no Brasil há menos de três anos, em dezembro de 2014, diferenças são marcantes: comprimento, 4,05 m (mais 16 cm); largura, 1,75 m (mais 10 cm); entre-eixos, 2,56 m (mais 10 cm); porta-malas, 351 L (mais 101 L). Nenhum dos compactos atuais poderá rivalizar em termos de espaço, equivalente ao do antigo Golf 4.
+ Plataforma do novo Polo vai gerar mais três produtos: sedã Virtus (fevereiro 2018), produzido em São Bernardo do Campo (SP); SUV T-Cross (maio 2018) e picape Saveiro (dezembro 2018), fabricados em São José dos Pinhais (PR) ao lado de Fox e Golf. Para conviver com o Polo, a Volks deverá diminuir os preços do Fox, que continua em produção até o final de 2021, juntamente com SpaceFox argentino.
+ Chevrolet Tracker coloca-se bem no segmento de SUVs compactos especialmente pelo desempenho do motor turbo de 1,4 litro e 153 cv (etanol). Embora tenha potência menor que o 2.0 do Creta, torque maior garante desempenho superior no uso cotidiano. Espaço interno é razoável, mas porta-malas de 306 litros só ganha do Renegade. Muito boa a direção eletroassistida.
+ Faltava ao Captur uma caixa automática para o motor de 1,6 litro a fim de atender a crescente procura de maior comodidade no uso urbano. Nessa faixa de preço, câmbio A/T representa em média mais de metade das vendas. Renault oferece agora um CVT, de seis marchas virtuais, origem Nissan, que limita discretamente o desempenho do modelo. Preços de R$ 84.900 (versão Zen) a R$ 88.400 (Intense).
+ Continuam as discussões nos EUA sobre regulamentação de carros autônomos. Fabricantes estão apreensivos em razão de a tecnologia avançar mais rápido que o esperado. Ainda há dúvidas se vão prevalecer as legislações estaduais ou a federal. Indústria quer ter voz ativa no processo, pois desenvolvimento de inteligência artificial vem para resolver muitos problemas.
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