Minhoqueens reúne drags e héteros em Carnaval eletrônico no Centro de SP
![Mama Darling, fundadora do Minhoqueens, bloco LGBTQIAPN+ que animou as ruas do Centro de SP Mama Darling, fundadora do Minhoqueens, bloco LGBTQIAPN+ que animou as ruas do Centro de SP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/6b/2024/02/10/mama-darling-fundadora-do-minhoqueens-bloco-lgbtqiapn-que-animou-as-ruas-do-centro-de-sp-1707598349278_v2_900x506.jpg)
Um dos blocos LGBTQIAPN+ mais populares de São Paulo, o Minhoqueens desfilou hoje pelas ruas da região central de São Paulo, transformando o Carnaval numa balada eletrônica.
O que aconteceu
O bloco, que está comemorando seu oitavo aniversário, escolheu o tema "O Amor é Essencial" e encheu as ruas com participantes que dançavam ao som diversificado e escolhido por uma DJ drag queen. De cima de um caminhão, ela comandava a festa.
Fundado em 2017, inicialmente o bloco era voltado apenas para as drag queens. Hoje, porém, ele cresceu e é composto por membros de todos os gêneros, incluindo heterossexuais.
Ao UOL, a apresentadora e drag queen Mama Darling, fundadora do Minhoqueens, citou a importância do bloco e, num tom político, sem citar nomes, criticou a retirada de direitos da comunidade.
A importância que esse bloco tem para a cidade -- e para a sociedade como um todo -- é mostrar que um bloco LGBT também tem o direito de ocupar as ruas no Carnaval, afinal de contas é uma festa democrática. E a gente está aí para conviver em clima de harmonia. Este ano nosso tema lembra a todos que amar é o que importa. Eu, em pleno século 21, como membro de uma comunidade, não posso ver os nossos direitos sendo retirados.
Mama Darling, drag queen e apresentadora
Larissa Sanchez, 25, estudante de psicologia, participou da festa pelo segundo ano consecutivo e contou ao UOL que fez a transição de gênero aos 14 anos. Aos 16, conseguiu a mudança de nome e gênero nos documentos. Ela diz que teve o apoio da família e "a sorte de uma pessoa em um milhão", já que não enfrentou uma história triste ou teve que se prostituir.
Sou apaixonada pelo bloco. E acho extremamente importante termos um bloco assim, onde a comunidade possa se reunir, ser acolhida. A reunião de grupos traz um lembrete do quanto é libertador.
Larissa Sanchez, estudante
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