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Governador da Bahia cancela carnaval de 2022 por avanço da gripe e da covid

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), diz que é irresponsável falar em Carnaval agora - Reprodução/Facebook
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), diz que é irresponsável falar em Carnaval agora Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo e no Rio

23/12/2021 12h27

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou hoje (23) que não haverá carnaval no estado em 2022, por conta do avanço da variante ômicron no mundo.

No Twitter, Costa citou ainda problemas na vacinação contra a covid-19 e a epidemia de gripe que vem se espalhando pelo país a partir do Rio de Janeiro.

"A decisão está tomada: não haverá Carnaval na Bahia em fevereiro de 2022. Hoje temos 2,4 milhões de baianos com a vacina contra a #Covid em atraso. Além disso, estamos lidando com uma epidemia de gripe, que tem sobrecarregado o sistema de saúde", comunicou o governador.

Mais cedo, Costa havia dito que a Bahia "não tem a mínima condição" de realizar o Carnaval em 2022 devido à covid-19.

"Sabe aquele filme, 'Missão Impossível'? Nós estamos na Missão Impossível 3, então, não será possível fazer esse carnaval. Não tem a mínima condição", afirmou em coletiva de imprensa no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador.

Alguém falar de Carnaval a essa altura do campeonato está querendo ser irresponsável com a vida do outro, e eu não estou nesse grupo. Portanto, nós não teremos Carnaval nesse modelo que nós conhecemos como Carnaval. Não há a mínima condição. Rui Costa

À CNN Brasil, o governador da Bahia justificou ainda o avanço do vírus da gripe —que já matou duas pessoas no estado, segundo ele— para o cancelamento da festa.

"No fim de novembro e o início de dezembro, houve pressão de quem organiza o Carnaval querendo a deliberação, e eu disse que iríamos avaliar. Então, se hoje nós compararmos com aquele momento (novembro e início de dezembro), houve um aumento de 50% na ocupação de leitos de UTI, temos uma nova variante em circulação e, para piorar a situação, o Brasil enfrenta esse vírus da gripe que tem se mostrado muito forte. Então, somaram-se duas epidemias em uma, e não é possível fazer uma festa com três milhões de pessoas. Seria não ter responsabilidade nenhuma com a vida humana e a saúde pública", afirmou ele.

"Hoje, nós permitimos eventos com até cinco mil pessoas em locais fechados onde há controle sanitário. Mas ainda temos 2,4 milhão de baianos que estão atrasados na vacinação e isso nos preocupa muito. E temos feito apelos diários para que a população vá se vacinar", acrescentou, sem dizer se o estado irá permitir festas menores ou não.

Desde o ataque de hackers sofrido pelo Ministério da Saúde em 10 de dezembro, a Bahia não divulga informações sobre os novos casos de covid-19 no estado.