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Ômicron tem 5 vezes mais risco de reinfectar do que a Delta, diz estudo

Os dados analisados pelo Imperial College se basearam em 333 mil casos, incluindo 122.062 de Delta e 1.846 que foram confirmados como de Ômicron - Getty Images
Os dados analisados pelo Imperial College se basearam em 333 mil casos, incluindo 122.062 de Delta e 1.846 que foram confirmados como de Ômicron Imagem: Getty Images

Clara-Laeila Laudette

17/12/2021 16h14

O risco de reinfecção com a variante Ômicron do coronavírus é mais de cinco vezes maior e ela não dá sinais de ser mais amena do que a Delta, mostrou um estudo do Imperial College de Londres enquanto os casos disparam em toda a Europa e ameaçam as festividades do final de ano.

Os resultados se basearam em dados da Agência de Segurança da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido a respeito de pessoas que tiveram diagnósticos positivos de Covid-19 em um exame de PCR na Inglaterra entre 29 de novembro e 11 de dezembro.

"Não encontramos indícios (nem de risco de internação hospitalar nem de situação sintomática) de Ômicron com gravidade diferente daquela da Delta", disse o estudo, mas ressaltando que os dados sobre hospitalizações continuam muito limitados.

"Monitorando situação vacinal, idade, sexo, etnia, situação assintomática, região e data da amostra, a Ômicron foi associada a um risco 5,4 vezes maior de reinfecção quando comparada à Delta", acrescentou o estudo de 16 de dezembro.

"Isto sugere que a proteção contra reinfecção da Ômicron proporcionada por uma infecção anterior pode ser de somente 19%", detalhou o Imperial College em um comunicado, ressaltando que o estudo ainda não foi analisado pela comunidade científica.

O estudo britânico anterior conhecido como Siren, que analisou o risco de reinfecção de profissionais de saúde e foi realizado antes do surgimento da Ômicron, descobriu que uma primeira infecção de coronavírus proporciona 85% de proteção contra uma segunda nos seis meses seguintes.

Os dados analisados pelo Imperial College se basearam em 333 mil casos, incluindo 122.062 de Delta e 1.846 que foram confirmados como de Ômicron por meio de sequenciamento genômico.

As novas descobertas podem acelerar a imposição de restrições mais rigorosas em vários países europeus na tentativa de conter a disseminação da nova variante.