É verdade! Lacres de latas 'viram' cadeiras de rodas; veja como acontece

Você já deve ter ouvido que os anéis de latinhas de refrigerante, cerveja e outras bebidas podem ser trocados por cadeira de rodas. Não é mito: organizações como o Instituto Entre Rodas revertem os lacres em cadeiras para quem precisa.

Como é feito

O Instituto coleta os anéis e leva-os a uma cooperativa, que vende o material para outra empresa. O produto é pesado e tem o alumínio reaproveitado.

Com o valor obtido, a organização compra cadeiras sob medida para crianças. Esse tipo é mais adequado para os pequenos, já que possibilita que eles equilibrem melhor o tronco.

As cadeiras são mais leves que as tradicionais, facilitando a mobilidade e permitindo que a criança participe de aulas de educação física, por exemplo.

Outras entidades também fazem esse trabalho, muitas vezes adquirindo cadeiras de ferro —semelhantes às encontradas em hospitais, igrejas e prédios comerciais.

Como ajudar

A cadeira sob medida do Instituto Entre Rodas é destinada para crianças inscritas na organização, que tenham de cinco a 14 anos de idade e estejam regularmente matriculadas na escola.

Além de receber os lacres, a organização também aceita doações em dinheiro. O complemento é necessário porque, para comprar uma única cadeira, são necessários 800 kg de lacres —o que equivale a 3,2 milhões de anéis. A organização não junta latinhas para não prejudicar a renda de catadores de materiais recicláveis.

Para doar basta ir até um dos pontos de coleta de lacres da organização. A lista completa está no site do instituto.

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Espera por cadeira prejudica o desenvolvimento

Um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) apontou que, no mundo todo, mais de 2,5 bilhões de pessoas precisam de produtos assistivos, como cadeiras de rodas e aparelhos auditivos. Quase 1 bilhão não têm acesso a esses equipamentos, segundo o documento.

No caso das crianças, a espera por uma cadeira de rodas pode ser prejudicial para o processo de desenvolvimento e amadurecimento neurológico, além de reduzir a qualidade de vida dos pequenos.

Fonte: Elaine Lemos, fundadora do Instituto Entre Rodas.
Com reportagem de VivaBem em 17/01/2018

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