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Messi, Thiago Silva, CR7: veja problemas de saúde que 4 atletas superaram

Lionel Messi durante a partida contra a Arábia Saudita na Copa do Mundo - Matthias Hangst/Getty Images
Lionel Messi durante a partida contra a Arábia Saudita na Copa do Mundo Imagem: Matthias Hangst/Getty Images

Do VivaBem

26/11/2022 16h25

Quando pensamos em problemas médicos que craques de futebol enfrentam, a primeira coisa que vem à cabeça são as lesões ortopédicas —torções, rompimento de ligamentos, fraturas etc. Mas, obviamente, eles também sofrer com doenças que acometem quem não é atleta.

A seguir, mostramos condições de saúde que quatro atletas que estão na Copa do Mundo do Qatar já superaram.

Thiago Silva sofreu com a tuberculose

O capitão da seleção brasileira teve a doença quando estava com 21 anos e ainda tentava conquistar espaço no futebol Europeu.

O diagnóstico da doença veio na época em que o zagueiro jogava no Dínamo de Moscou (Rússia), em 2005. Mas acredita-se que ele pegou tuberculose em 2004, quando ainda defendia o time B do Porto (Portugal).

Thiago Silva ficou quatro meses longe dos gramados e teve a carreira ameaçada —afinal, a doença pulmonar prejudica a capacidade respiratória, essencial para um atleta. Ele fez o tratamento no Brasil, pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Thiago Silva chegando ao Estádio Lusail para a estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2022. - Hector Vivas - FIFA/FIFA via Getty Images - Hector Vivas - FIFA/FIFA via Getty Images
Thiago Silva ficou quatro meses sem jogar por causa da tuberculose
Imagem: Hector Vivas - FIFA/FIFA via Getty Images

- O que é a doença A tuberculose é provocada por um tipo de bactéria chamado Mycobacterium tuberculosis —transmitida por gotículas que expelimos no ar ao falar, tossir ou espirrar.

Tosse, falta de ar, febre, perda de peso, cansaço e falta de apetite são sinais comuns da doença, que, além dos pulmões, pode acometer outras partes do corpo.

CR7 passou por cirurgia do coração

Em entrevista ao "The Sun", Dolores, mãe de Cristiano Ronaldo, afirmou que o atacante português descobriu uma doença cardíaca de nascença aos 15 anos, e precisou ser operado às pressas.

Por causa do problema, o coração do atleta batia fora de ritmo e ficava acelerado demais (condição chamada de taquicardia). Isso aumenta o risco de parada cardíaca e até morte súbita.

Cristiano Ronaldo durante o jogo entre Portugal e Gana, pela Copa do Mundo - Catherine Ivill/Getty - Catherine Ivill/Getty
Imagem: Catherine Ivill/Getty

Nessa época, CR7 defendia o Sporting (Portugal) e já era visto como uma grande promessa do futebol.

Segundo a mãe do craque, na cirurgia os médicos usaram laser para cauterizar a estrutura do coração que gerava a arritmia. O procedimento foi simples e na semana seguinte o jovem Cristiano já estava de volta aos gramados.

Messi e o problema de crescimento

Lionel Messi faz sua comemoração tradicional após marcar contra a Arábia Saudita na Copa do Mundo - BSR Agency/Getty Images - BSR Agency/Getty Images
Imagem: BSR Agency/Getty Images

No fim da infância, o craque argentino descobriu ter um problema raro, que ocorre em uma criança a cada 20 mil, gera deficiência na produção de GH (hormônio do crescimento) e prejudica o desenvolvimento do esqueleto —e, consequentemente, o crescimento.

Para minimizar o problema, Messi teve de fazer um tratamento de reposição hormonal, na qual tomou injeções diárias na coxa, durante quatro anos.

Messi tem cerca de 1,70 m de altura. Segundo o endocrinologista argentino Diego Schwartzstein, que identificou o problema do atleta, se não tivesse recebido injeções do hormônio, o jogador não teria mais do que 1,60 m.

Martin Braithwaite usou cadeira de rodas na infância

Martin Braithwaite, da Dinamarca, é cercado por Marcelo Brozovic, da Croácia - Alex Livesey/Getty Images - Alex Livesey/Getty Images
Martin Braithwaite (de camiseta branca) teve um problema no quadril quando era criança
Imagem: Alex Livesey/Getty Images

Quando criança, o atacante dinamarquês que atua no Espanyol e já jogou ao lado de Messi no Barcelona foi diagnosticado com síndrome de Legg-Calvé-Perthes.

Segundo o Manual MSD de diagnóstico e tratamento, a condição ocorre devido a uma irrigação insuficiente de sangue na parte superior do fêmur (osso da coxa conectado ao quadril). O problema leva à destruição do osso do quadril, gerando dores, falta de mobilidade e dificuldade de andar.

Por causa dessas complicações, Martin Braithwaite teve de usar cadeira de rodas na infância.

O tratamento da síndrome de Legg-Calvé-Perthes varia conforme o nível de dano no quadril e a idade da criança. Podem ser necessários repouso para imobilização parcial (a criança ficar deitada na cama, sem mover as pernas); imobilização total (uso de gesso e talas, às vezes por 12 a 18 meses); e até cirurgia.

Mesmo sem tratamento, com o crescimento da criança o osso do quadril tende a se recuperar naturalmente, mas isso tende a demorar mais tempo —e gerar mais sofrimento, devido à dor e dificuldade de locomoção.