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Virginia rebate pediatra sobre filha; quando as crianças começam a falar?

Virginia Fonseca, ao lado da filha, Maria Alice, e do marido, Zé Felipe - Manuela Scarpa/Brazil News
Virginia Fonseca, ao lado da filha, Maria Alice, e do marido, Zé Felipe Imagem: Manuela Scarpa/Brazil News

De VivaBem, em São Paulo

12/09/2022 14h13

A influenciadora Virginia Fonseca desabafou após uma pediatra apontar que a sua filha, Maria Alice, de 1 ano e 3 meses, tem atrasos na fala.

"Coisas que a pediatria me proporciona: eu fico vigiando a Maria Alice, filha da Virgínia e do Zé Felipe, para ver quando ela vai desenvolver a fala (que está atrasada, inclusive)", julgou a médica no Twitter. "Ela já deveria estar falando, pelo menos, mais três palavras, além dos nomes da família. Mas falando bem."

Virginia compartilhou a publicação em seu Instagram, ocultando o nome da profissional, e afirmou que a filha é acompanhada por médicos mensalmente, além de não postar tudo o que ela faz. "Não seja esse tipo de profissional, pelo amor de Deus. Tipo de coisa que recebo só para tirar minha paz. Tenha santa paciência", disse. "Cada criança é uma criança. Maria Alice vai ao pediatra todo mês. Ela é superinteligente, fofa, linda e faz as coisas no tempo dela, sim."

O desenvolvimento da fala começa justamente por volta de 1 ano, quando a criança diz as primeiras palavras. Até o período entre 2 e 3 anos, é natural que ela já consiga organizar um conjunto de expressões, mesmo que com a pronúncia incorreta.

"Na primeira etapa, você não vai querer que a criança fale tudo, ela vai falar algumas palavras, às vezes não corretamente. Depois, com um pouco mais de idade, vai formar palavras e as juntar", explica o otorrinolaringologista pediatra Lauro Alcântara, do Hospital Pequeno Príncipe (PR).

Assim como andar e outros marcos de desenvolvimento, a progressão da fala pode variar de criança para criança. No entanto, é importante ter atenção a alguns comportamentos e eventuais atrasos, capazes de indicar problemas de saúde —como notar que ela não tem resposta aos estímulos sonoros ou não compreende nada do que é dito.

Segundo Alcântara, os exames logo ao nascer são imprescindíveis, porque são capazes de rastrear problemas na audição —que também podem surgir mais tarde. Por isso, é indicado que as crianças tenham acompanhamento periódico do pediatra. Também é recomendado fazer avaliações com especialistas, incluindo otorrinolaringologista e oftalmologista, por exemplo.

"A criança até estava falando e de repente parou de falar pode ser um indicativo de comprometimento de ouvido. O mais comum é otite média aguda, que vai para secretora, em que a criança ouve os ruídos, mas não entende. Então há dificuldade de falar, porque se não entende, não repete", explica Alcântara.

Descartados os problemas de ouvido, os profissionais investigam outras causas para o atraso na fala, inclusive eventual relação com o TEA (transtorno do espectro autista). No entanto, às vezes, a falta de estímulo pode tornar os pequenos mais retraídos e, consequentemente, com a fala menos elaborada.

"Tem criança que fica mais isolada e tem dificuldade de falar. Na pandemia, se percebeu muito isso, porque pararam de ser estimuladas, principalmente de ir à escolinha, onde aprendem bastante a se comunicar, fazer trocas, socializar", indica o especialista.