Por que rosto do rei Charles é rosa? Entenda condição que ele tem na pele
Após a morte da rainha Elizabeth 2ª, nesta quinta-feira (8), seu filho mais velho, o príncipe Charles, será coroado como o novo rei. Aos 73 anos, Charles Philip Arthur, que agora será conhecido como Charles 3º, é o monarca mais velho a iniciar um reinado.
Com o avanço da idade da rainha, Charles já vinha assumindo algumas funções da mãe, considerada a monarca mais longeva da história. Durante suas aparições públicas, o rosto avermelhado do antigo príncipe chama a atenção —e já foi até alvo de discussões sobre o seu estado de saúde. É que o monarca sofre de uma doença vascular inflamatória crônica conhecida como rosácea.
A rosácea ocorre em 1,5% a 10% das populações estudadas. Na maioria das vezes, a doença compromete o centro da face e se manifesta com o rubor fácil e a presença de pequenos vasos sanguíneos aparentes, além de erupções vermelhas, como pápulas e pústulas. A condição também pode acometer os olhos, causando secura, lacrimejamento ou mesmo dor.
Entenda a rosácea
A causa da rosácea ainda é desconhecida, mas há uma predisposição maior em mulheres com idade entre 30 e 50 anos, e é mais comum em brancos e descendentes de europeus.
A maioria dos estudos sobre a condição utilizou dados dos Estados Unidos e de países na Europa. Por isso, o conhecimento produzido e publicado acerca da doença no hemisfério sul, incluindo o Brasil, é considerado escasso. No Reino Unido, alguns relatórios sugerem que uma em cada 10 pessoas tem rosácea.
Há estudos que apontam uma influência genética para a doença, apesar do possível gene envolvido ainda não ter sido identificado. Também há forte influência de fatores psicológicos como ansiedade e estresse.
Além disso, existem alguns gatilhos conhecidos que podem piorar os sintomas. Entre os mais comuns, estão o álcool, alimentos picantes, queijo, cafeína, bebidas quentes e exercícios aeróbicos, como a corrida.
Existe cura?
Ao contrário da acne, não existe cura definitiva para a rosácea, mas é possível manter o problema sob controle. O tratamento envolve cuidados especiais, priorizando produtos para peles sensíveis, sendo que o recomendado é que a prescrição seja customizada e feita por um dermatologista.
O uso de antimicrobianos tópicos ou orais e antiparasitários pode ser necessário. Em casos persistentes, a isotretinoína oral em dose baixa pode ser uma opção. O laser ou a luz pulsada são excelentes para o tratamento das telangiectasias (vasinhos sanguíneos que ficam logo abaixo da pele).
Uma dieta equilibrada e variada, rica em alimentos frescos de origem vegetal, fontes de fibras, ácidos graxos benéficos e antioxidantes, como os polifenóis e carotenoides, também é muito recomendada para as pessoas que têm rosácea: além de ajudarem a controlar fatores inflamatórios, ainda podem minimizar os danos causados pela radiação solar.
*Com informações de reportagens publicadas em 20/10/2018, 13/12/2021 e 16/03/2022.
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