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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Câncer de pâncreas: quais os sintomas da doença que a atriz Lúcia Alves tem

Atriz Lúcia Alves está internada no Rio de Janeiro - Divulgação
Atriz Lúcia Alves está internada no Rio de Janeiro Imagem: Divulgação

Do VivaBem*, em São Paulo

24/08/2022 16h01

A atriz Lúcia Alves, 73, está internada no Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio de Janeiro, desde o último dia 19. A artista tem um câncer de pâncreas, um dos menos comuns, mas com menor taxa de sobrevivência.

Normalmente, quando a doença é diagnosticada, ela já se encontra em estágio avançado. É um tipo de câncer que acomete pessoas acima dos 55 a 60 anos de idade e se espalha facilmente para outros órgãos do corpo. O diagnóstico precoce é imprescindível para aumentar as chances de cura.

Quais são os sintomas

Esse tipo de tumor pode se desenvolver de forma silenciosa, ou seja, o paciente pode ficar assintomático. Mas, conforme a doença avança, alguns sintomas podem ser identificados:

  • Piora ou aparecimento súbito do diabetes
  • Perda de peso involuntária
  • Falta de apetite
  • Dor abdominal (parte superior)
  • Dor na região lombar
  • Icterícia (amarelamento das mucosas)
  • Fezes claras
  • Urina mais escura
  • Coceira na pele (decorrente dos sais biliares)
  • Trombose venal profunda

Qualquer dos sintomas citados não deve passar despercebido pelo paciente, que deve procurar ajuda médica o quanto antes.

"Tenha em mente que 80% dos pacientes com tumor de pâncreas já chegam ao médico com uma doença metastática ou sem condições para uma cirurgia", observa Inacelli Caires, chefe do Serviço de Unidade de Hemoterapia, Hematologia e Oncolologia do HC-UFPE (Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco).

Especialistas como o clínico geral (generalista) e o gastroenterologista são treinados para investigar essas queixas e, diante delas, eles devem verificar como anda o funcionamento do seu pâncreas.

Como é feito o tratamento?

Ele varia, dependendo do tipo e do estágio da doença, além das condições gerais de saúde do paciente. Na maioria das vezes, é realizado com a ajuda de uma equipe multidisciplinar (oncologista, cirurgião, patologista, radiologista, especialista em dor etc.).

As estratégias terapêuticas que os médicos têm à disposição são a cirurgia (pode ser até minimamente invasiva como a laparoscópica ou a robótica), radioterapia, quimioterapia, além de outros medicamentos que serão indicados nas seguintes condições:

  • Tumores pequenos e iniciais: a cirurgia é tratamento local para retirada do tumor e é a única opção que oferece chance de cura;
  • Tumor maior, com maior risco de células circulantes: começa com quimioterapia; algumas vezes inclui radioterapia e, depois, cirurgia;
  • Presença de metástase: nesse caso, a prioridade não é mais a cirurgia, mas um tratamento que alcance todos os pontos da doença em outros órgãos, o que se faz por meio da quimioterapia paliativa.

O câncer de pâncreas já tem terapias-alvo (fármacos específicos que combatem células cancerígenas), como os inibidores de PARP ou a imunoterapia.

Dá para prevenir?

Nem sempre é possível prevenir um tumor no pâncreas, especialmente quando ele se relaciona a fatores genéticos ou ao histórico familiar. No entanto, você pode reduzir o risco de ter esse tipo de câncer adotando hábitos de vida saudáveis, como evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, investir em algum tipo de atividade física, além de manter equilibrados dieta e peso.

Todas essas medidas previnem também outras doenças crônicas, como o diabetes, enfermidade considerada fator de risco para esse tipo de tumor.

*Com informações de matéria publicada em 03/05/2022.