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Exército adquiriu R$ 3,5 mi em próteses penianas; para que elas servem?

Divulgação/American Medical Systems
Imagem: Divulgação/American Medical Systems

Letícia Naísa

De VivaBem*, em São Paulo

13/04/2022 18h16

Foi divulgado na última terça-feira (12) que o Exército brasileiro comprou R$ 3,5 mi em próteses penianas. O deputado Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmaram que vão acionar o MPF (Ministério Público Federal) e o TCU (Tribunal de Contas da União) sobre os gastos.

Ao todo, segundo os parlamentares, foram adquiridas 60 próteses, que variam entre 10 e 25 centímetros. Os números foram encontrados no Portal da Transparência. Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército afirmou que apenas três próteses foram adquiridas em 2021. Elas foram destinadas a hospitais militares.

Como funcionam

Elas são usadas no tratamento de disfunção erétil e são implantadas no pênis para preencher espaços antes ocupados pelo sangue nos corpos cavernosos, garantindo a ereção. Com as próteses, o usuário pode ter relações sexuais sempre que desejar, mas elas não aumentam o tamanho do pênis.

Existem diversas opções disponíveis de próteses: maleáveis ou semirrígidas, infláveis ou hidráulicas. Elas são implantadas direto na câmara erétil do pênis para dar sustentação necessária para o sexo. Elas não interferem na sensibilidade e capacidade do orgasmo.

O implante é feito por meio de uma cirurgia que dura cerca de uma hora e tem baixos índices de complicação e altos níveis de satisfação. Trata-se, no entanto, de um procedimento irreversível —e última linha de tratamento para a disfunção erétil.

Antes de optar pela prótese, é preciso avaliação de um urologista. Um dos tratamentos possíveis é o uso de medicamentos que estimulam a ereção, como o Viagra —que também foi adquirido pelas Forças Armadas.

*Com informações das reportagens de 21/08/2020 e 03/07/2021