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Procon-SP pede que planos expliquem autorização para DIU em casadas

Empresas deverão detalhar serviços e condições exigidas aos segurados - Getty Images/iStockphoto
Empresas deverão detalhar serviços e condições exigidas aos segurados Imagem: Getty Images/iStockphoto

Colaboração para o UOL

05/08/2021 20h08

O Procon-SP quer que os planos de saúde expliquem a exigência de autorização do marido para que mulheres casadas coloquem o DIU (dispositivo intrauterino). O órgão estabeleceu o prazo de 72 horas para que as principais empresas do setor expliquem qual o procedimento utilizado por elas.

Segundo Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP, exigir o consentimento do marido para reembolsar a inserção do DIU é uma prática "abusiva, ilegal, descabida e afrontosa à condição e dignidade da mulher". Ele aconselha que aquelas que tenham passado por essa situação denunciem ao órgão.

"Nós estamos notificando essas empresas para saber quais fazem essa imposição absurda", diz. Capez garante que o Procon-SP vai multar e punir severamente esse tipo de atitude.

Ontem, uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostrou que cooperativas da Unimed em cidades de Minas Gerais e no interior de São Paulo têm feito o pedido para o procedimento de inserção do método contraceptivo.

A demanda é direcionada à Amil, Bradesco Saúde, Central Nacional Unimed, Notre Dame, Omint, Porto Seguro Saúde, Qsaúde, Sompo Saúde, Sul América, Unimed Seguros e Vison Med (Golden Cross).

De acordo com o Procon-SP, todas as empresas devem esclarecer se oferecem cobertura para métodos contraceptivos transitórios ou reversíveis, assim como procedimentos de esterilização feminina e masculina. Também devem detalhar "as condições e exigências que são impostas ao beneficiário do plano" e indicar os fundamentos legais para os critérios adotados.