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Sabrina Parlatore teve "derrame cardíaco" por causa da covid; entenda

Reprodução Instagram
Imagem: Reprodução Instagram

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

06/07/2021 19h16

Após receber a primeira dose da vacina contra a covid-19, há cerca de um mês, a apresentadora Sabrina Parlatore, 46, falou sobre a tristeza provocada pela doença, que já tirou tantas vidas. Também relatou que, apesar de ter apenas sintomas leves quando contraiu o coronavírus, ela ainda sofre com sequelas e, inclusive, teve um "derrame no coração".

"Fui acometida por essa terrível doença esse ano e asseguro que não se trata de uma gripe. Tive os sintomas considerados leves, mas que nem de longe são leves. Ainda sinto cansaço, fiquei com um zumbido no ouvido e tive um derrame no coração como sequelas. Os sintomas durante a doença foram vários incluindo uma assustadora arritmia cardíaca", desabafou.

Segundo João Vicente, cardiologista do Hospital Sírio-Libanês, o derrame no coração citado por Sabrina trata-se de um derrame no periocárdio, membrana que recobre o coração. "Entre o órgão e essa membrana tem um espaço que não entra nada, mas quando há uma infecção, como a covid-19, pode haver também uma inflamação entre o coração e o pericárdio, que por sua vez acaba formando um líquido nessa região. E, durante o processo inflamatório, a quantidade de líquido aumenta, enche onde não deveria e dá um derrame pericárdico."

Dependendo do tamanho dessa inflamação, é preciso fazer uma cirurgia para drenar (retirar) o líquido entre o coração e o periocárdio, pois em grande quantidade ele pode dificultar os batimentos cardíacos e a pessoa sofrer uma parada cardíaca.

Por outro lado, quando há pouco líquido no local, é possível tratar o problema apenas com medicação. Isso, segundo o especialista, é facilmente detectado por meio de um ecocardiograma.

Entre os possíveis sintomas de um derrame pericárdico estão a dor para respirar ou durante os batimentos cardíacos, falta de ar, desconforto e a queda da pressão arterial.

"Mas quando ocorre o derrame, que inflama o coração, pode dar arritmia cardíaca, uma coisa leva a outra", conclui Vicente.