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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Câncer de ovário, que atinge âncora da CNN, é difícil de ser detectado

Divulgação/CNN
Imagem: Divulgação/CNN

Do VivaBem, em São Paulo

15/06/2021 16h13

A jornalista da CNN norte-americana, Christiane Amanpour, 63, revelou ontem, ao vivo, que está enfrentando um câncer de ovário. Ela se submeteu a uma grande cirurgia para remover o tumor.

"Fiz uma cirurgia grande e bem-sucedida para remover [o tumor] e, agora, farei quimioterapia por vários meses para o melhor prognóstico possível a longo prazo. Estou confiante. Também sou privilegiada com o plano de saúde [oferecido pelo] trabalho e pelos médicos incríveis que tratam de mim", disse.

A jornalista ainda alertou sobre o cuidado com o corpo para um diagnóstico precoce. "Sempre escute seu corpo", completou.

Câncer de ovário

Discreto, silencioso, difícil de ser detectado precocemente e com sintomas que podem ser confundidos com os de outras doenças. Assim é o câncer de ovário, a segunda neoplasia que mais acomete o sistema reprodutor feminino, atrás apenas do câncer de colo do útero.

O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado de células que invadem tecidos ou órgãos próximos ou mesmo distantes, formando tumores.

No caso do ovário, 95% dos casos têm origem nas células epiteliais, que são as que revestem o órgão. Os outros 5% podem ocorrer nas células germinativas, aquelas que formam os óvulos, ou nas células estromais, as que produzem os hormônios femininos.

Fatores de risco

O avanço da idade, a infertilidade, a primeira menstruação precoce, antes dos 12 anos, e a menopausa tardia, após os 52 anos, são os principais fatores de risco.

Além disso, também devem ser considerados o histórico familiar de neoplasias de ovário, colorretal e de mama, excesso de peso corporal e os fatores genéticos de mutações em genes como BRCA1 e BRCA2.

Por outro lado, o risco de câncer de ovário é reduzido nas mulheres que tomam contraceptivos orais e nas que tiveram vários filhos.

Não há prevenção para a doença, mas é recomendado às mulheres que tenham fatores de risco manter o peso corporal saudável e consultar o médico com regularidade, sendo ainda mais importante a partir dos 50 anos.

Detecção

A detecção precoce do câncer de ovário é feita por meio de investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, que devem ser feitos nas mulheres com sinais e sintomas sugestivos ou nas que integram os grupos com maior risco de desenvolver a doença.

Geralmente não ocorre o diagnóstico precoce do câncer de ovário, já que ele não apresenta sintomas iniciais específicos. Quando o tumor cresce, ele pode causar pressão e provocar dor ou inchaço abdominal, na pelve, nas costas ou nas pernas.

Nas fases mais avançadas da doença, também pode causar náusea, indigestão, perda de apetite e de peso, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante.

E vale ressaltar que o exame preventivo ginecológico, chamado de papanicolau, não detecta o câncer de ovário, pois ele é específico para o câncer do colo do útero.

Tratamento

Cirurgia ou quimioterapia, de acordo com o tipo histológico do tumor, ou seja, qual tipo de célula foi afetada. Também influenciam no tratamento adotado a extensão da doença, a idade e as condições clínicas da paciente, bem como se o tumor é inicial ou recorrente.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), a estimativa é que em 2020 foram registrados 6.650 novos casos de câncer de ovário no país, o que representa 3% das neoplasias detectadas em mulheres.

*Com informações da reportagem da Agência Brasil.