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Estudo indica relação ente alimentos ultraprocessados e diabetes tipo 2

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

24/12/2019 11h04

Difícil encontrar alguém abriu um pacote de bolachas só por estar com preguiça de buscar algo melhor ou comeu um lanche fast-food por ser "mais gostoso" que uma salada. Muito comuns nas dietas ocidentais, as guloisemas devem ser exceção e não regra na dieta pelos altos riscos oferecidos à saúde.

Várias pesquisas já apontaram que os alimentos ultraprocessados aumentam o risco de câncer, obesidade, doenças cardiovasculares e até mortalidade prematura. Agora, uma pesquisa publicada no JAMA Internal Medicine, aponta que o hábito alimentar pode estar relacionado também ao diabetes tipo 2.

Como o estudo foi feito

  • Os cientistas da Universidade de Paris, na França, examinaram os hábitos alimentares de mais de 100.000 pessoas por meio do estudo francês NutriNet-Santé, que durou uma década, de 2009 a 2019.
  • O grupo de participantes contava com 21.800 e 82.907 eram mulheres.
  • Na pesquisa, os envolvidos respondiam questões sobre o consumo de cerca de 3.500 alimentos diferentes.
  • Usando um sistema de classificação, os pesquisadores categorizaram os 3.500 itens alimentares de acordo com seu grau de processamento.
  • A divisão foi feita quatro categorias: alimentos não processados/minimamente processados, ingredientes culinários, alimentos processados e alimentos ultraprocessados.
  • Os pesquisadores usaram modelos de risco proporcional multivariável de Cox, que foram ajustados para os fatores de risco conhecidos para diabetes tipo 2, como antecedentes sociodemográficos, estilo de vida e histórico médico.

O que os resultados indicam

O grupo de pesquisadores afirmou ter encontrado uma associação consistente entre a quantidade absoluta de consumo de alimentos ultraprocessados, medidos em gramas por dia, e o risco de diabetes tipo 2.

Análises feitas em camundongos apontam a carragenina, um agente espessante e estabilizante, como possível contribuinte para o desenvolvimento de diabetes, prejudicando a tolerância à glicose, aumentando a resistência à insulina e inibindo a sinalização de insulina.

Produtos químicos como ftalatos e bisfenol A (BPA), que geralmente estão presentes em embalagens plásticas, podem contaminar muitos alimentos ultraprocessados e atrapalhar a função endócrina — os autores observam também que algumas metanálises recentes mostraram que altas concentrações desses compostos estão associadas a um maior risco de diabetes tipo 2.

.Além disso, a pesquisa associou metabólitos que se formam como resultado do cozimento a alta temperatura - como os metabólitos de acrilamida e acroleína - à resistência à insulina.

De acordo com os responsáveis, embora os resultados precisem ser confirmados em outras populações e ambientes e mais estudos sejam necessários para comprovar a ação das substâncias, a pesquisa evidências para apoiar os esforços das autoridades de saúde pública para recomendar a limitação do consumo.

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