Mal passada pode ter parasita? Saiba o melhor ponto da carne para a saúde

Resumo da notícia
- A carne malpassada pode não matar todas as bactérias, mas a carne tostada possui substâncias cancerígenas
- Por isso, a carne "ao ponto" é considerado o mais saudável
- Veja como deixar o churrasco mais saudável e como deve ser o ponto de outros tipos de carnes
Quando você chega num restaurante que oferece carnes, é esperado que ao fazer seu pedido você seja questionado pelo garçom: "malpassada, ao ponto ou bem-passada?". E aí, você pode ficar em dúvida: qual deles é o melhor para a saúde?
O ponto ideal é aquele que tem o cozimento por igual, por dentro e por fora, não deixando a carne crua e nem queimada, ou seja, a carne ao ponto. Assim, a peça manterá os nutrientes desejados, facilitará a digestão e a absorção das proteínas e eliminará os riscos de possíveis contaminações com micro-organismos que possam estar presentes. Veja, a seguir, detalhes sobre os outros pontos de cozimento e os riscos oferecidos:
Carne malpassada
Carne bem passada
Quando ingeridas, essas substâncias formam radicais livres que podem levar ao desenvolvimento de danos ao DNA e a possibilidade de câncer, principalmente no intestino.
Isso foi demonstrado por uma pesquisa da USP (Universidade de São Paulo). Pesquisadores analisaram a relação entre o consumo de carne bem passada com os marcadores de câncer na população. Foram avaliadas amostras de sangue 560 adultos e idosos de São Paulo e os hábitos de consumo. Comprovou-se assim que aqueles que consumiram carne preparada em altas temperaturas (quando esquenta até quase queimar) apresentaram um risco maior de desenvolver câncer.
Além disso, a Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, comprovou em uma pesquisa que o consumo de carne bem passada pode estar relacionado ao surgimento do tumor de próstata.
Então churrasco pode fazer mal?
Mas, a boa notícia para os amantes de churrasco é que não é preciso excluir totalmente a carne bem passada da dieta. Uma dica para tornar o alimento mais saudável é marinar a carne no limão, alho e cebola antes de prepará-la, para diminuir os danos --esses temperos ajudam a neutralizar a formação de substâncias que fazem mal à saúde.
Além disso, para evitar que a carne fique muito tempo exposta na churrasqueira, é possível aquecer a carne no micro-ondas por alguns minutos antes. E também é importante se atentar para manter a carne distante do fogo e tomar o cuidado de virar o alimento constantemente para distribuir o calor e reduzir a fumaça. A recomendação é consumir com bastante moderação e deixar o saboroso churrasco para ocasiões mais especiais.
E o ponto das outras carnes?
A carne de porco, dependendo do corte, é mais saudável do que as demais, pois possui menos gordura saturada, mais ferro e vitamina B12 pela mesma porção de carne vermelha. O ideal é consumir esse tipo de alimento também no ponto certo, pois em altas temperaturas ou tostadas formam aminas, que em excesso podem causar câncer no futuro. Carne suína malpassada também não é recomendada, pois favorece o surgimento de infecções bacterianas e infestações de parasitas no organismo.
Quantidade de carne vermelha recomendada
De acordo com o Ministério da Saúde, é recomendável que os adultos consumam cerca de 300 a 500 gramas de carne por semana. Isso equivale a um bife de 70 g por dia. Com essa quantidade, são ingeridas a quantidade de ferro, zinco, selênio, proteína e vitamina B12 necessárias.
O excesso do consumo da carne vermelha pode aumentar o risco de diferentes tipos de câncer, doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a IARC (International Agency for Research an Cancer), a carne é considerada carcinogênica e o seu excesso deve ser evitado.
Sempre que possível, prefira carnes cozidas, ensopadas, guisadas ou assadas. Se fritar ou grelhar, opte pelo pré-cozimento ou marine com limão, alho e cebola para diminuir a formação dos compostos químicos e servir sempre no ponto médio de cozimento para torná-la mais saudável.
Fontes: Juliara Mussi, nutróloga e coordenadora da equipe de nutrologia do Hospital Santa Cruz (SP) e Daniel Magnoni, nutrólogo do HCor (Hospital do Coração) e da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
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