Xuxa diz ter calo nas pregas vocais; entenda o problema
A apresentadora Xuxa revelou na quarta-feira (6) que sofre com um calo nas pregas vocais. Não é a primeira vez que ela se queixa sobre sua voz. No ano passado, em uma entrevista ao UOL, Xuxa contou que tinha uma fenda da corda vocal e que estava tratando o quadro com uma fonoaudióloga. Agora, na semana de estreia do seu novo programa "The Four" (Rede Record), a apresentadora disse que voltou a sofrer com a rouquidão.
"É um calo normal nas cordas vocais. Usei a minha voz esse tempo todo e não aqueci antes de entrar no palco", contou ela. "Eu imaginei que não precisaria fazer aquecimento, mas como eu uso bastante a minha voz, eu deveria ter feito. Tenho que trabalhar nisso, mas isso não quer dizer que vou voltar a ter a voz que tinha aos 20 anos, por causa da minha idade e pelo esforço que fiz sem me cuidar. Então eu vou ter o acompanhamento de uma fonoaudióloga para fazer o The Four."
Os calos são alterações benignas causadas justamente pelo emprego abusivo e intenso da voz, com tensão fonatória. De acordo com a fonoaudióloga Maria Lúcia Dragone*, tensão fonatória é um esforço muscular extra que gera atrito das cordas vocais (elas se chocam umas contra as outras), acarretando problemas na voz.
Além disso, a questão da idade, citada por Xuxa, tem grande impacto na voz. Em função do decréscimo das taxas hormonais, e pelas modificações do organismo próprias da idade, as vozes de homens e mulheres vão perdendo a qualidade.
Para prevenir o envelhecimento da voz, o treinamento é essencial. A prática de exercícios voltados para melhorar as condições aerodinâmicas e musculares de fonação, por exemplo, tende a manter o padrão vocal mesmo com o decorrer dos anos.
Fenda pode ter causado calo
A diferença na voz da eterna rainha dos baixinhos é apontada por seus fãs há algum tempo. Mas foi somente em 2018 que ela revelou sofrer de algum problema. "É fato [que aconteceu a mudança na minha voz]. Tenho fenda na corda e estou fazendo fonoaudióloga", respondeu Xuxa ao UOL, ao ser questionada.
Silvia Ramos, fonoaudióloga e diretora tesoureira do Conselho Federal de Fonoaudiologia, afirma que as fendas, problema muito comum entre as mulheres, podem causar os nódulos. "Se mesmo com a fenda a pessoa continua fazendo esforço com a voz, ela pode alterar a estrutura da mucosa do local e aumentar os riscos de nódulos", explica ela.
Para produzir o som, as pregas vocais têm que se fechar por completo. "Quando a musculatura que faz com que elas se fechem sofre um desequilíbrio, ocorre o que chamamos de fenda, deixando um espaço entre as pregas e fazendo com que a voz fique mais soprosa, com vazamento de ar", diz Ramos. Segundo ela, a mulher já tem uma predisposição maior a ter uma fenda triangular posterior. Se houver uma sobrecarga maior dos músculos da região, ela facilmente aparece.
A fonoaudióloga ainda diz que existem diversos tipos de fenda e que possuem causas diferentes, mas que tanto elas quanto os nódulos são tratados com exercícios direcionados para o problema, sem a necessidade de métodos mais invasivos, como a cirurgia. "Os exercícios incluem imitações de sons e vibração de língua, muito usados para aquecimento vocal. Se o tratamento for feito uma vez por semana, em dois meses a voz volta ao normal. Se a pessoa fizer a fonoterapia corretamente, a recuperação é simples e rápida".
* Fonte entrevistada em reportagem do dia 21/11/2012
SIGA O UOL VIVABEM NAS REDES SOCIAIS
Facebook - Instagram - YouTube
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.