Conheça doença do olho que fez participante do BBB19 passar por transplante

Os nomes dos participantes do reality show Big Brother Brasil 19 foram divulgados nesta semana. Entre eles, está o oftalmologista Gustavo Soares, 37, que revelou já ter feito um transplante de córnea devido a uma doença no olho.
Chamada de ceratocone, a condição aumenta a curvatura da córnea, uma espécie de lente natural do olho, deixando-a com um formato semelhante a um cone. É uma doença progressiva que costuma se iniciar na adolescência e piora até os 35 ou 40 anos. Ela estabiliza nessa faixa etária porque a córnea fica mais enrijecida nessa idade, ou seja, não é mais afetada pela condição.
Apesar de ser assustador pensar que o ceratocone deforma uma parte do olho essencial para a visão, essa mudança na estrutura da córnea não deixa o indivíduo cego. A doença faz com que a projeção de imagens nítidas na retina seja distorcida. Isso induz o aparecimento de astigmatismo irregular e muitas vezes miopia.
Tratamento
O transplante não é necessário em todos os casos. Na verdade, ele só é cogitado em último caso. Há 20 anos, ele realmente era o único tratamento para a doença, mas hoje existem outros meios menos invasivos de obter uma melhora da visão.
Em fases iniciais, por exemplo, apenas o uso de lentes de contato especiais são recomendadas, já que ajustam a superfície anterior à córnea e corrigem o astigmatismo que pode ser causado pela doença. As lentes de contato rígidas achatam essa irregularidade da córnea e a pessoa volta a enxergar bem. O problema é que é preciso usar a lente pelo resto da vida.
Quando o paciente não tolera a lente ou elas não funcionam tão bem, principalmente porque a doença já está mais avançada, o especialista recomenda tratamentos mais invasivos. O mais usado, nesse caso, é o crosslinking, uma técnica que deixa a córnea mais dura. Ele consiste na aplicação de uma luz ultravioleta, em conjunto com vitamina A, que enrijece o tecido e para a progressão da doença.
Entretanto, em pacientes que demoraram para serem diagnosticados ou não obtiveram sucesso com os tratamentos mais comuns, a cirurgia se torna uma opção. Na mais comum, usam se anéis para regularizar o tecido. É feito um pequeno buraco na córnea e coloca-se um fragmento de acrílico que estica ela. Se nem isso funcionar, o transplante se torna a última opção.
O que causa
O ceratocone não tem uma causa específica. Seu aparecimento tem influência do meio ambiente, genética, racial, ou seja, é multifatorial. Para se ter ideia, um estudo revelou que países com clima mais seco e quente têm mais casos da doença --o Brasil é um deles.
Geralmente, a coceira também pode piorar consideravelmente os riscos de desenvolver a condição. Por esse motivo, quem já tem predisposição genética para a doença deve evitar coçar o olho. Se a coceira for decorrência de alguma alergia, é essencial usar colírio antialérgico e tratar a alergia.
Quem tem familiares que já tiveram a doença também deve buscar um médico, que pedirá exames de imagem para detectar qualquer sinal de ceratocone. O diagnóstico feito precocemente pode evitar a progressão mais agressiva e, portanto, um tratamento mais invasivo, como foi o de Gustavo.
Fonte: José Álvaro Pereira Gomes, oftalmologista pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Renato Ambrósio, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
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