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Jejum intermitente planejado pode reverter o diabetes tipo 2, dizem médicos

shironosov/IStock
Imagem: shironosov/IStock

Do UOL, em São Paulo

10/10/2018 11h13

O jejum intermitente planejado pode ajudar a reverter o diabetes tipo 2, de acordo com uma análise feita por médicos e publicada no periódico científico BMJ Case Reports.

Os resultados foram divulgados após três pacientes da equipe conseguirem eliminar quase completamente a necessidade de tratamento com insulina após usar a estratégia alimentar.

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Os três homens, com idades entre 40 e 67 anos, submeteram-se ao jejum intermitente planejado para ver se isso poderia aliviar os sintomas da doença. Eles estavam tomando vários medicamentos para o fazer o controle, assim como doses diárias de insulina. Além do diabetes tipo 2, todos apresentavam pressão e colesterol altos.

Dois dos homens jejuaram em dias alternados por 24 horas, enquanto o terceiro jejuou por três dias por semana. Nos dias de jejum, eles podiam beber líquidos pouco calóricos, como chá / café, água ou caldo, e comer uma refeição leve à noite.

Antes de embarcar em seu regime de jejum, todos participaram de um seminário de treinamento nutricional de 6 horas de duração, que incluiu temas sobre como o diabetes se desenvolve e seu impacto no corpo; como funciona a resistência à insulina, alimentação saudável e como gerenciar diabetes através de dieta, incluindo o jejum.

Após cerca de 10 meses, a glicemia de jejum, a glicemia média (HbA1c), o peso e a circunferência da cintura foram reavaliados.

Todos os participantes foram capazes de parar de injetar insulina após um mês de jejum. Em um caso, isso levou apenas cinco dias.

Dois dos homens conseguiram parar de tomar todos os outros medicamentos para diabéticos, enquanto o terceiro interrompeu três dos quatro medicamentos que estava tomando. Todos eles perderam peso (em 10-18%), e também reduziram os níveis de glicemia, o que pode ajudar a diminuir o risco de complicações futuras, de acordo os autores.

O estudo foi observacional e refere-se a apenas três casos --todos em homens. Por isso, ainda não é possível tirar conclusões confiáveis sobre o sucesso mais amplo ou não desta abordagem para o tratamento da diabetes tipo 2.

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