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Adesivo pode medir nível do hormônio do estresse por meio do suor na pele

O cortisol é conhecido como o hormônio do estresse e, em excesso, pode dificultar o emagrecimento e até aumentar o risco de doenças - iStock
O cortisol é conhecido como o hormônio do estresse e, em excesso, pode dificultar o emagrecimento e até aumentar o risco de doenças Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

25/07/2018 15h12

Cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, criaram um adesivo elástico que, ao ser aplicado na pele suada, consegue medir o nível do cortisol no organismo. A taxa desse hormônio varia naturalmente em nosso corpo ao longo do dia, mas alguns fatores como o estresse físico e psicológico estimulam seu aumento. O excesso da substância no corpo pode dificultar o emagrecimento e aumentar o risco de doenças cardíacas, por exemplo.

Os métodos atuais para medir o nível de cortisol são feitos em laboratório e exigem vários dias de espera pelos resultados. "Estamos particularmente interessados no sensoriamento do suor, porque ele oferece monitoramento não invasivo e contínuo de vários biomarcadores para uma variedade de condições fisiológicas", disse Onur Parlak, principal autor do estudo.

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O adesivo pode ajudar os médicos, por exemplo, a dizer se a glândula adrenal ou pituitária de um paciente estão funcionando adequadamente. Caso o protótipo do dispositivo se torne uma realidade, ele pode permitir que as pessoas com um desequilíbrio hormonal façam seu monitoramento em casa.

Como o dispositivo funciona

O cortisol apresenta um desafio especial para biossensores como o que o Parlak está desenvolvendo. Geralmente, esses dispositivos detectam a carga positiva ou negativa de uma molécula, e o hormônio do estresse não tem carga.

O especialista construiu seu sensor elástico retangular em torno de uma membrana que se liga especificamente apenas ao cortisol.

Preso à pele, o "adesivo" suga o suor passivamente por buracos. O suor se acumula em um reservatório, que é coberto pela membrana sensível ao cortisol.

Íons carregados como sódio ou potássio, também encontrados no suor, passam por meio da membrana, a menos que sejam bloqueados pelo cortisol. São os íons carregados que o sensor detecta, não o próprio cortisol. Em cima de tudo isso é uma camada impermeável que protege o patch (adesivo) de contaminação.

Tudo o que um paciente precisa para saber seu nível de cortisol é transpirar, aplicar o adesivo e conectá-lo a um dispositivo para análise, que traz o resultado em segundos. No futuro, os pesquisadores esperam que o sensor faça parte de um sistema totalmente integrado.

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