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Muita gordura e pouca massa muscular em idoso aponta alto risco de demência

O fato de um idoso ter muita gordura e pouca massa muscular foi associado com menor desempenho na cognição global - iStock
O fato de um idoso ter muita gordura e pouca massa muscular foi associado com menor desempenho na cognição global Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

05/07/2018 20h10

Um novo estudo descobriu que a combinação de pouca massa muscular e força com muita gordura pode ser um importante indicador do desempenho cognitivo de idosos. Embora a perda de tecido muscular e a obesidade façam parte do processo natural de envelhecimento e impactem de forma negativa a saúde geral e a função cognitiva, a coexistência dos fatores representa uma ameaça ainda maior, superando os efeitos individuais.

A pesquisa, publicada na revista Clinical Interventions in Aging, contou com dados de uma série de análises de envelhecimento e memória feitas com 353 participantes com idade média de 69 anos. As informações incluíam uma visita clínica, testes cognitivos, testes funcionais e medidas de composição corporal.

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Os resultados mostram que este quadro, de muita gordura e pouca massa muscular, foi associado com menor desempenho na cognição global, seguido por perda de tecido muscular isolada, e depois obesidade por si só. A obesidade e falta de músculos foram relacionadas com menor função executiva, como memória de trabalho, flexibilidade mental, além de autocontrole e orientação.

Assim, os cientistas encontraram evidências consistentes para vincular a ausência de massa muscular e muita gordura ao baixo desempenho cognitivo. “A perda de tecido muscular tem sido associada ao comprometimento cognitivo global e à disfunção em habilidades cognitivas específicas, incluindo memória, velocidade e funções executivas”, disse James Galvin, autor principal do estudo.

"Compreender os mecanismos pelos quais esta síndrome pode afetar a cognição é importante, pois pode informar os esforços para prevenir o declínio cognitivo na vida posterior. Podemos ajudá-los com programas que abordam a perda da função cognitiva, mantendo e melhorando a força e prevenindo a obesidade," conclui. 

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