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Você pula da cama de manhã? Acordar cedo diminui risco de depressão

Segundo a pesquisa, acordar cedo pode diminuir o risco de depressão em até 27% no público feminino  - iStock
Segundo a pesquisa, acordar cedo pode diminuir o risco de depressão em até 27% no público feminino Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

16/06/2018 15h27

Acordar cedo diminui risco de ter depressão. Pelo menos é o que sugere um estudo publicado no periódico Journal of Psychiatric Research nesta sexta-feira (15). Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, desenvolveram o maior estudo observacional que explora a ligação entre o cronotipo (disposição da pessoa em acordar e dormir relacionado ao rendimento em suas atividades nos períodos da manhã e tarde) com transtornos de humor.

De acordo com os pesquisadores, isso mostra que, mesmo depois de contabilizar fatores ambientais como exposição à luz e cronogramas de trabalho, o cronótipo - que é em parte determinado pela genética - pode influenciar moderadamente o risco de depressão.

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Esse é o maior estudo que investiga a preferência de sono das mulheres e a probabilidade de desenvolver o transtorno.

Mais de 30 mil mulheres foram voluntárias

Os pesquisadores recrutaram 32.470 mulheres, que eram enfermeiras do Nurses' Health Study, projeto da Universidade de Havard e do Brigham, e as acompanharam por cerca de dois anos.

Ao descrever os próprios cronótipos, 37% das participantes afirmaram acordar cedo, 53% acordavam em horário intermediário e 10% dormiam até tarde.

As mulheres que se classificaram como tipos tardio (que dormiam mais) ou intermediárias estavam mais propensas a terem depressão. Já as que preferem acordar cedo todos os dias, apresentaram de 12 a 27% menos risco de desenvolver o distúrbio.

"Alternativamente, quando e quanta luz você tem também influencia o cronotipo, e a exposição à luz também influencia o risco de depressão. Desvendar a contribuição dos padrões de luz e da genética na ligação entre o cronotipo e o risco de depressão é um passo importante", disse Céline Vetter.

Fatores de risco de depressão como peso corporal, atividade física, doença crônica, duração do sono ou trabalho noturno também foram avaliados.

Os pesquisadores descobriram que cronotipos tardios são menos propensos a serem casados, mais propensos a viver sozinhos e serem fumantes, e mais propensos a ter padrões de sono erráticos. "Tente dormir o suficiente, faça exercícios, passe tempo ao ar livre, diminua as luzes à noite e tente obter o máximo de luz possível durante o dia."

A depressão é um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, proporcionando tristeza e desânimo excessivo. Os casos da doença aumentaram 20% na última década, o que tornou o distúrbio a maior causa de incapacidade do mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Os últimos dados da organização, de 2015, mostram que o número de pessoas com depressão chegou a 322 milhões.

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