Pesquisadores criam aparelho para descobrir tempo exato da gestação
De acordo com um estudo feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), 55% das brasileiras não sabem ao certo o tempo de gestação. Isso pode acontecer por conta de um ciclo menstrual irregular ou pela demora no início no pré-natal.
Sem essas informações, fica mais difícil para os médicos tomarem decisões nos cuidados imediatos do bebê, principalmente os prematuros. Para resolver esse problema do dia a dia, os pesquisadores da faculdade de medicina da UFMG e do Hospital das Clínicas criaram um aparelho que, em contato com a pele do bebê, descobre o tempo que o recém-nascido ficou na barriga da mãe.
Zilma Reis, coordenadora da pesquisa e professora do departamento de ginecologia e obstetrícia da UFMG, explica que eles identificaram na pele uma boa oportunidade de avaliar a idade da criança.
“O exame não é invasivo. Um sensor encosta na pele e emite luz em comprimentos de ondas diferentes. Essa luz interage com a pele e ela reflete a luz na medida da sua maturidade e espessura, refletindo a concentração de proteínas existentes. Assim, analisamos o sinal que retorna e estimamos a idade gestacional”, detalha Zilma.
O aparelho ainda está em fase experimental e a previsão é de que ele forneça um diagnóstico em poucos segundos. “Não vai precisar treinar uma equipe para usá-lo. A ideia é facilitar para que os médicos possam fazer todo o planejamento do cuidado e acionar a equipe multidisciplinar (enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas)”, fala.
Mas e como funciona nos dias de hoje?
Atualmente, para descobrir a idade gestacional do bebê com precisão é preciso fazer um ultrassom obstétrico. No entanto, ele só pode ser realizado nos três primeiros meses da gravidez.
“O problema é que nem sempre é possível fazer, pois o ultrassom é uma tecnologia mais cara. Sem contar que nem sempre a mulher busca o pré-natal logo no início da gravidez”, explica.
Passado os três meses, o método mais comum é fazer um cálculo usando o primeiro dia da última menstruação, além disso, os exames de ultrassom realizados no pré-natal também ajudam a chegar em uma “data”. O problema, segundo Zilma, é que nem sempre essas datas batem, seja pelo ciclo irregular ou porque a mulher estava usando contraceptivo quando engravidou. Por isso, o exame não invasivo trará benefícios.
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