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Gordura abdominal pode aumentar risco de câncer na pós-menopausa

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Do UOL

10/09/2017 10h53

De acordo com um estudo apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Medicina Oncológica, em Madri, na Espanha, o acúmulo de gordura no abdômen é mais perigoso do que o peso do corpo, quando se trata de risco de câncer em mulheres na pós-menopausa.

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“A descoberta reacendeu o debate sobre as prioridades no controle de peso em mulheres nesse grupo de idade, que são mais propensas ao ganho de peso abdominal”, disse uma das pesquisadoras Line Maersk Staunstrup. “Quando falamos de risco de câncer, o IMC (Índice de Massa Corporal) e a porcentagem de gordura não são medidas adequadas, já que falham em taxar a distribuição de massa gorda no corpo”, explicou.

O estudo foi feito com 5.855 mulheres com cerca de 71 anos. Todas elas fizeram um exame chamado densitometria por dupla emissão de raios-X (DEXA), que avalia a gordura corporal e sua composição. As participantes foram observadas durante 12 anos.

A pesquisa encontrou 811 cânceres nas mulheres e descobriu que a gordura abdominal era um preditor significante da doença. O IMC e a porcentagem de gordura não tiveram nenhuma relação significante.

Outros fatores de risco foram a idade, terapias de reposições hormonais e o cigarro, mas depois de controlados esses fatores, a taxa de gordura continuou sendo um risco significante.

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O consumo de carboidratos simples se associa à elevação da inflamação de baixo grau, aumento do peso e da pressão arterial
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Carboidratos são responsáveis pelo acúmulo de gordura abdominal

“A maioria das mulheres idosas pode usar essa informação, já que é sabido que a transição para a menopausa aumenta o acúmulo de gordura na circunferência abdominal. Por isso elas devem ser ainda mais cuidadosas com seu estilo de vida quando se aproximam dessa fase da vida”, disse Line.

Ao comentar o estudo, Andrea De Censi, médica do Hospital Galliera, em Genova, na Itália, disse que a pesquisa providencia uma confirmação importante no papel da obesidade e particularmente da resistência à insulina na pesquisa de diversos tipos de cânceres.

“O aumento da insulina, resultado do consumo exagerado de carboidratos simples como batatas, trigo, arroz e milho, resulta no acúmulo de gordura abdominal”, explicou. Segundo ela, a insulina também tem efeitos na produção de hormônios, e as células adiposas no tecido aumentam a inflamação crônica pelo corpo, outro fator de risco de câncer.