Fujam para as colinas! Viver na serra pode combater problemas do coração

Depois da pandemia, muitos moradores de grandes cidades recalcularam a rota e se mudaram para cidades interioranas, com mais natureza e ar puro.

No entanto, para além da tranquilidade de não estar em uma metrópole, o contato com esse tipo de ambiente pode favorecer a saúde.

Viver em lugares mais altos pode diminuir o risco de a pessoa desenvolver síndrome metabólica, que é uma associação de fatores de risco para doenças do coração (ataques cardíacos e derrames), vasculares periféricas e diabetes. A conclusão é de um estudo da Universidade de Navarra, na Espanha, publicado no periódico científico "Frontiers of Psychology".

A pesquisa acompanhou 6.860 universitários por, em média, dez anos. Os estudantes que moravam em altitudes entre 457 metros e 2.297 metros acima do mar tinha menos chances de desenvolver síndrome metabólica do que os que viviam no nível do mar.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, para ter a síndrome, é necessário apresentar, pelo menos, três dos seguintes fatores alterados: gordura abdominal, hipertensão arterial, glicemia, triglicerídeos e HDL (colesterol bom).

Isso significa que os participantes da pesquisa da Universidade de Navarra que moravam em lugares mais altos tinham esses indicadores sob controle.

De acordo com os pesquisadores espanhóis, a explicação para o melhor estado de saúde dos que viviam em altitudes elevadas pode estar na presença de níveis baixos de oxigênio, pressão, umidade e temperatura.

*Com matéria publicada em 06/12/2017

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