Apesar de cara, pitaia é a fruta do momento para quem quer emagrecer
A pitaia, uma fruta de aparência exótica e sabor adocicado, é a nova moda entre o público fitness. Isso porque ela tem propriedades que auxiliam na perda de peso e no controle da glicemia, além de contribuir para amenizar as dores musculares do pós-treino.
“Por ser fonte de antioxidantes, ajuda a combater radicais livres (que agem no envelhecimento das células), por isso, é ideal para quem pratica corrida ou faz outro tipo de atividade física intensa, que provoque bastante oxigenação. Após o exercício, ela também cai bem, porque tem componentes que atuam na modulação da dor”, explica Vivian Ragasso, nutricionista esportiva do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.
Muitas fibras e poucas calorias
Conhecida em alguns países como fruta-dragão pela casca colorida e escamosa, a pitaia pode ser encontrada nas versões branca, vermelha e amarela. Sua polpa suculenta tem sabor suave, o que faz dela uma ótima opção para ser consumida in natura, em sucos ou na forma de picolé. “No caso dos sucos, recomendamos beber logo após o preparo para não perder a vitamina C”, diz.
Outra opção é fazer shake, adicionando água de coco, uma colher (sopa) de linhaça e uma colher (sopa) de aveia. “O ômega 3 da linhaça potencializa os benefícios da fruta, ajudando, inclusive, na recuperação de possíveis lesões causadas por exercícios. Como a pitaia já é doce, dispensa o uso de adoçantes”, afirma.
A especialista explica que a pitaia contém muitas fibras solúveis, que aumentam a sensação de saciedade, melhoram o trânsito intestinal e ajudam a diminuir o colesterol. “As fibras funcionam como vassourinhas, que carregam as gorduras ingeridas, eliminando-as nas fezes”, diz. É também fonte de ferro e cálcio, mas tem baixo índice glicêmico (quantidade de açúcar), sendo que 100g têm apenas 50 calorias.
Segundo Maria Edna de Melo, doutora em endocrinologia pela USP (Universidade de São Paulo) e presidente da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), diversos estudos feitos com animais já comprovaram a capacidade da fruta de combater alterações metabólicas causadas pela obesidade, sobretudo a resistência à insulina. “É provável, portanto, que em humanos ela tenha o mesmo resultado, mas não se sabe ao certo qual a quantidade da fruta ou de seu extrato deva ser consumida para causar este efeito”, diz.
Não faz milagres
Vivian lembra que a pitaia, sozinha, não emagrece. “Não basta incluí-la no cardápio. É preciso fazer um processo de reeducação alimentar individualizado, aliado a alguma atividade física. Para quem já está nesse processo, ela se torna uma ótima aliada.”
Em uma dieta balanceada, o ideal, segundo Vivian, é consumir três porções de fruta por dia. “A pitaia pode ser uma delas, lembrando que quanto maior a variedade, melhor para a saúde.”
Também é possível encontrar o extrato de pitaia em cápsulas, vendidas em farmácias naturais. “O extrato é mais concentrado e seu custo é mais acessível”, mas consumir a fruta in natura é sempre a melhor opção em termos nutricionais”, diz a nutricionista.
Comum na América Central, no Brasil o preço da fruta é alto. No Mercado Municipal de São Paulo, o quilo da pitaia sai por R$ 99 (importada) e R$ 59 (nacional). Já a mesma quantidade de banana nanica custa R$ 10.
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