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Candidíase na gravidez: a doença oferece risco ao bebê?

A candidíase provoca coceira intensa, vermelhidão, inchaço e pode causar mais preocupação quando se manifesta em grávidas - iStock
A candidíase provoca coceira intensa, vermelhidão, inchaço e pode causar mais preocupação quando se manifesta em grávidas Imagem: iStock

Bárbara Pereira

São Paulo

28/04/2019 12h07

Apesar de afetar mulheres como um todo em qualquer fase da vida, a candidíase pode causar mais preocupação quando se manifesta em mulheres grávidas. Caracterizada por coceira intensa, corrimento anormal, vermelhidão e inchaço, a candidíase é uma infecção causada pela colonização desequilibrada do fungo Cândida.

"Esse fungo faz parte da flora natural do nosso organismo. Tem no intestino, esôfago, boca, estômago e na mucosa vaginal, onde é mais prevalente", explica a ginecologista Bel Saide. Por ser um lugar escuro, abafado e úmido, a vagina é propícia para o crescimento de fungos. Para prevenir a infecção, ela recomenda que mulheres durmam sem calcinha e deixem "a vulva respirar".

A alimentação rica em açúcar e carboidratos, o desequilíbrio do PH e a queda de imunidade podem causar a infecção no corpo da mulher. Para isso, Bel indica atenção redobrada em momentos de estresse, cansaço, desordem emocional e uso de antibióticos.

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Qual a relação entre candidíase e gravidez?

"A gravidez aumenta os riscos da candidíase porque há uma certa redução de células de defesa na vagina da grávida e modificação na composição química, tornando o ambiente ideal para proliferação", explica a ginecologista Maika Kondo. No entanto, apesar de acometer a grávida, a infecção não apresenta qualquer risco ao feto, já que ele está protegido pela bolsa amniótica.

O tratamento para mulheres grávidas segue as mesmas diretrizes do tradicional, porém com restrições a alguns tipos de medicamentos. "O tratamento para candidíase é feito com a melhora da alimentação, como redução de carboidratos e aumento da ingestão de alimentos que fortalecem a imunidade, como alho, iogurte natural e limão", descreve Maika. A ginecologista pontua também o uso de comprimidos e pomadas vaginais e, em alguns casos, suplementos para aumentar as células de defesa.

Além da vagina

A candidíase pode se manifestar, além da vagina, na boca, esôfago, pele e outros locais do corpo. A baixa imunidade favorece a multiplicação excessiva de fungos, o que gera os sintomas mais intensos. Os riscos aumentam ainda mais quando há excesso de carboidratos na alimentação, uso de antibióticos e corticoides, diabetes e gravidez.

Em bebês e crianças, a infecção se manifesta principalmente na boca, com o chamado "sapinho". A candidíase na mama ocorre em lactantes, isto é, em mulheres que estão produzindo leite e amamentando. Ela pode ser transmitida ao bebê por meio do seio, mas não apresenta riscos elevados.

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