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Você sabe perdoar?

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Imagem: Getty Images

Mais do que esquecer ou relevar, a capacidade de perdoar tem a ver com a disposição de aceitar os outros como eles são, reconhecendo que ninguém é perfeito. Analise suas reações e saiba se está, de fato, preparado para fazer isso. O teste foi elaborado com a consultoria de Luiz Cuschnir, psiquiatra pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

  • Sim, perdoa e esquece

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    Quando alguém pisa na bola, antes de julgar, você procura analisar o caso, levando em conta todas as outras coisas boas que a pessoa já lhe fez. Por conta disso, deixa até passar batido algumas falhas alheias. E, segundo o psiquiatra Luiz Cuschnir, você está no caminho certo. "Para perdoar, é preciso olhar os acontecimentos de maneira mais ampla. Só assim se aprende a ponderar e a conviver com a imperfeição", declara o especialista. Nos momentos mais críticos, você ainda busca o diálogo, tentando entender o outro. Só tome cuidado para não se tornar permissivo e se prejudicar. "Manter uma relação que lhe traz mais sofrimentos do que alegrias pode ser autodestrutivo", diz o especialista.

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  • Acha que perdoa, mas ainda não consegue

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    Você sabe que não existem pessoas perfeitas e, por isso, costuma dar uma segunda chance quando algo não sai conforme o esperado. "A capacidade de perdoar não é um talento nato, é algo que se desenvolve ao longo da vida. As pessoas mais maduras tendem a tolerar mais e sabem o que esperar dos outros", afirma o psiquiatra Luiz Cuschnir. O seu perdão, no entanto, não vem acompanhado do esquecimento da falha, o que seria o ideal. "Perdoar implica num ato sincero, genuíno, e não em um gesto diplomático. Não vale a pena guardar o ressentimento para, depois, cobrar novamente a falha", declara Cuschnir.

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  • Não, mas vira a página

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    O seu alto nível de amor-próprio não permite que você perdoe as falhas dos outros, quando se sente desrespeitado. Nessas situações, você prefere colocar um ponto final na relação, sem nem se sentir culpado. Por outro lado, também não leva mágoas adiante. "Não é necessário perdoar sempre. Quem perdoa o tempo todo pode estar, na verdade, se humilhando. E certas coisas são imperdoáveis. Mas isso varia conforme os valores de cada pessoa", declara o psiquiatra Luiz Cuschnir. O único cuidado é analisar bem as situações, antes de se posicionar. Pequenos erros nem sempre justificam um afastamento definitivo.

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  • Não perdoa nem esquece

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    Você não consegue perdoar os erros dos outros e, pior, fica remoendo a situação durante muito tempo, mesmo depois de terminar a relação. Mas é preciso tomar cuidado para não ficar carregando um peso desnecessário. "Às vezes, o outro já mudou de vida, virou a página e você continua colocando nele a culpa pela sua infelicidade e sofrimento", diz o psiquiatra Luiz Cuschnir. Para escapar dessa armadilha, tente ser mais flexível e exercite a sua capacidade de perdoar e de esquecer as falhas dos outros. Agindo assim, sua vida ficará mais leve. Vale a pena experimentar!

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