Decoração com jeito urbano proporciona conforto a apartamento de 280 m² na praia

Evitar obras “pesadas”; revolver as questões espaciais com mobiliário; cumprir as metas do projeto em cerca de dois meses. Essas foram as três “palavras de ordem” para que o escritório comandado por Frederico Zanelato executasse as modificações em um apartamento de praia na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, São Paulo.

O amplo imóvel, com 280 m², oferecia ótimas possibilidades aos arquitetos, que desejavam um espaço “urbano” e confortável, mantendo, porém, aquele despojamento característico das casas de veraneio.

Sem obras civis, as áreas que mais sofreram modificações foram as sociais. Nelas é que se nota a opção por basear o projeto no mobiliário essencialmente nacional aliado a pitadas de design estrangeiro.

Diferentemente dos quartos, onde predominam as cores claras, no living composto de sala de jantar, bar e home theater os móveis são mais escuros, com predominância dos tons de marrom. Parte das peças foi desenhada pelo arquiteto Frederico Zanelato, como a estante da TV, os aparadores e a estante repleta de nichos para objetos de decoração, que ainda auxilia na divisão do espaço, estabelecendo a passagem para a cozinha ou para o lavabo e a sala de jantar.

Além desses elementos, destacam-se no conjunto o estofamento claro e as chaises. Ambos estão presentes tanto na área interna como na varanda de 46,2 m². No living, o ponto de atração é a chaise desenhada pelo egípcio Karim Rashid; no home theater, salta aos olhos a luxuriante Eames Lounge & Ottoman. Para o descanso frente ao mar, a pedida são as amplas chaises Baleia, com design da arquiteta brasileira Júlia Krantz.

Acepipes visuais

Como guloseimas coloridas, as cerâmicas da Casa Nakatanipontuam a área social do apartamento. Outra delícia visual é a ousada estrutura de gravetos projetada por Zanelado e executada pelo artista plástico Maurício Chaer. Instalada sobre o espelho que amplia a sala de jantar, a escultura dá personalidade ao espaço.

Para destacar essas e outras peças artísticas, como fotografias, a equipe especificou luminárias discretas e eficientes.  “As luminárias evidenciam as esculturas e quadros na medida correta, sem luz em demasia para evitar ofuscamento”, esclarece a arquiteta Regina Célia Serra Alves dos Santos, responsável pela coordenação dos fornecedores de móveis e objetos usados na decoração. As únicas luminárias de grande apelo visual são as que compõem o trio sobre a mesa de jantar.

O espaço de refeições ganhou um aliado após a intervenção do escritório: o bar. Antes com acabamento de granito, como o usado na cozinha, o bar não parecia integrado às salas. “O que fizemos foi revestir de madeira deixá-lo mais aconchegante e estabelecer seu relacionamento com o living”, explica Zanelato.

Com êxito nas escolhas, as três metas exigidas pelos donos do imóvel foram cumpridas. O resultado, um apartamento leve, acolhedor, prático e aconchegante para os fins de semana. (DAIANA DALFITO, colaboração para o UOL)