Pela primeira vez, mulheres sauditas assistem a partida de futebol no estádio
Mulheres vestidas com abaias pretas e coletes laranjas ficaram nos portões no estádio Rei Abdullah para receber os torcedores para o setor familiar, que, pela primeira vez na história da Arábia Saudita, permitia que mulheres assistissem a uma partida de futebol no local.
Enquanto Al-Ahli e Al-Batin se enfrentavam em Jedá, mulheres assistiam pela primeira vez a um evento esportivo dentro do estádio, para torcer pelos times ao lado de seus maridos, filhos e amigos.
A Autoridade-Geral dos Esportes saudita anunciou em outubro que os estádios de Jidá, Dammam e Riad serão configurados para receber famílias a partir deste ano.
"Honestamente, esta decisão deveria ter sido tomada há muito tempo", disse Muneera al-Ghamdi, uma torcedora. "Mas graças a Deus ela veio no tempo certo, e tomara que o que está por vir seja ainda mais lindo para as mulheres."
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A decisão de permitir que mulheres assistam às partidas é uma das muitas mudanças pelas quais o país passou nos últimos meses, realçando uma tendência progressista na nação muçulmana fortemente conservadora.
Na quinta-feira, Jidá realizou a primeira feira de automóveis para mulheres, poucos meses após o país dar a elas o direito a tirar habilitação para dirigir.
Na capital, Riad, uma partida de futebol neste sábado também terá mulheres nas arquibancadas.
O príncipe Mohammed bin Salman, de 32 anos, tem sido saudado como o personagem por trás dessas mudanças.
Muitos jovens sauditas consideram sua recente ascensão ao poder como prova de que sua geração está assumindo um lugar central em um país cujas tradições patriarcais fizeram por décadas que o poder fosse exclusivo dos mais velhos e que o progresso das mulheres fosse dificultado.
"Hoje, a porcentagem daquelas que participam em exercícios e esportes é de apenas 13 por cento", disse Hayfaa al-Sabban, que chefia a organização esportiva. "Queremos aumentar para 40 por cento até 2030, por meio de vários eventos, e hoje é um desses eventos."
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