Conteúdo publicado há 2 meses

Influenciadora relata importunação sexual ao gravar comercial em GO

A Polícia Civil de Goiás instaurou inquérito para investigar o caso de importunação sexual sofrida pela influenciadora Mycaela Pereira, 26, no último sábado (24), em uma via pública de Quirinópolis, no sudoeste de Goiás.

O que aconteceu

Mycaela estava gravando comercial para uma loja da região quando foi agarrada por um homem, que também a beijou. Nas imagens, é possível ver o momento em que a influenciadora se assusta e dá um grito.

Nas redes sociais, a jovem relatou o ocorrido e explicou que "nunca" tinha visto o homem. "Ele me fechou em um abraço e simplesmente beijou o meu pescoço e saiu rindo, debochando da minha cara".

A influenciadora contou que precisou segurar o homem até a chegada da polícia. "Estava todo mundo assistindo, dezenas de pessoas assistindo, mas ninguém fez nada [para me ajudar]. Eu comecei a xingar ele e ele começou a rir da minha cara. Ele viu que estava gravando e ele jurou que ia fazer isso e eu iria ficar quieta".

Após o ocorrido, Mycaela Pereira registrou boletim de ocorrência. Ela disse ter recebido relatos de outras pessoas que já teriam sido importunadas pelo homem.

O caso é investigado pela Delegacia de Quirinópolis, que vai ouvir os envolvidos. A polícia também pediu para que outras pessoas que tenham sido importunadas pelo investigado, que compareçam à delegacia para prestar depoimento. O homem não foi detido em flagrante.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

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Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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