Diretor é suspeito de assediar aluna e oferecer aumento de notas em GO

O diretor de uma escola particular em Inhumas (GO), de 52 anos, é investigado por supostamente importunar e assediar sexualmente uma aluna de 15 ee oferecer aumentar as notas dela.

O que aconteceu

A Polícia Civil de Goiás cumpriu ontem mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares contra o diretor, que não teve a identidade revelada.

O suspeito constrangeu a adolescente para "obter favorecimento sexual, e em troca prometeu aumentar as notas da vítima", diz a polícia.

O diretor ainda teria beijado as mãos e o rosto da aluna, sem o seu consentimento.

A adolescente contou o que havia acontecido aos pais, que denunciaram à polícia.

Mensagens

Uma troca de mensagens divulgada pela Polícia Civil mostra o diretor pedindo para ligar para a aluna. "Está sozinha? Sua mãe ou uma colega", teria escrito o suspeito. "Minha mãe. Por que, 'prof'?", respondeu a adolescente.

O suspeito, então, teria dito que queria conversar sobre a mãe da vítima. "Depois te falo. É justamente sobre sua mãe". Ele, então, pede que a aluna apague as mensagens. "Apaga as mensagens. Quando estiver podendo falar, te falo".

O diretor está proibido, por 30 dias, de se aproximar ou frequentar o colégio onde os crimes teriam sido praticados. Além disso, ele também não pode manter contato com a adolescente e testemunhas do inquérito.

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Caso as medidas sejam descumpridas, o diretor poderá ter a prisão preventiva decretada.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados.

O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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