Conteúdo publicado há 8 meses

Marido de mulher torturada e morta é preso por suspeita de encomendar crime

O marido da mulher que morreu após ter sido torturada dentro de casa, no Ceará, foi preso nesta quarta-feira (6) por suspeita de encomendar o assassinato da companheira, Kaianne Bezerra Lima Chaves, de 35 anos.

O que aconteceu:

Leonardo Nascimento Chaves, de 41 anos, tinha passagem comprada para Portugal, segundo a Polícia Civil. A prisão dele foi feita após um mandado de prisão preventiva.

O homem teria mandado matar a esposa para ter acesso a um seguro de vida de Kaianne, em valor aproximado de R$ 90 mil. A informação foi divulgada em reportagem do jornal CETV1, da TV Globo.

O crime teria sido planejado por Leonardo e os dois executores momentos antes do crime, em um shopping na cidade de Aquiraz. As imagens do encontro foram obtidas pela TV Globo.

O homem foi apontado como mandante do crime e indiciado por feminicídio.

O UOL tenta contato com a defesa do suspeito. Caso tenha retorno, esta nota será atualizada.

Ele teve uma participação efetiva no crime e também foi o autor intelectual desse fato (...) Existem algumas lacunas que a gente precisa preencher para que a gente saiba a motivação, as questões de como foi a tratativa
Gustavo Pernambuco, diretor do DPJM

Imagens mostram encontro de marido com suspeitos de matar a mulher dele, no Ceará
Imagens mostram encontro de marido com suspeitos de matar a mulher dele, no Ceará Imagem: Reprodução/TV Globo

O caso

A prisão de Leonardo é uma reviravolta no caso. Anteriormente, a polícia havia informado que um motorista de aplicativo endividado havia planejado o crime para pagar uma dívida de cerca de R$ 5 mil.

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Na semana passada, o motorista, de 39 anos, foi preso com pertences da vítima, e um adolescente apreendido. Dois celulares dos suspeitos, além de uma panela elétrica da vítima e o veículo usado na ação criminosa, foram apreendidos.

No dia do crime, Leonardo disse à polícia que assaltantes haviam feito ele e Kaianne reféns. No entanto, ele mesmo teria pedido aos criminosos que ferissem a mulher para justificar o assalto e as agressões.

"A gente viu uma certa facilidade na entrada desse pessoal na cena do crime. E, também, as informações que ele estava passando, não batiam com as características normais do crime de latrocínio. Foi quando a gente viu que ele não era vítima, mas autor do crime", explicou o diretor do DPJM, Gustavo Pernambuco.

A mulher morreu após ter sido torturada. Ela foi ferida na cabeça com um "objeto contundente", segundo a polícia.

Em caso de violência doméstica, procure ajuda

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

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Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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