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Pesquisa: selfie aumenta nariz e faz crescer busca de jovem por rinoplastia

Colaboração para Universa, em São Paulo

20/06/2023 17h30

Uma pesquisa recente publicada pela revista da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos diz que as selfies aumentam o tamanho do nosso nariz em 6% e que essa é uma das razões que levariam às pessoas, principalmente jovens, a ter distorção de imagem e procurar uma rinoplastia.

O médico cirurgião plástico Jairo Casali, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista nesse tipo de operação, explica que, de fato, as fotos que tiramos de nós mesmos distorcem as medidas da face, pois são obtidas por lentes amplas, que faz com que mais pessoas sejam captadas na mesma foto.

"A selfie deixa, portanto, o nariz mais comprido e com a base mais larga, dependendo da distância tirada", explicou.

Segundo o especialista, a cirurgia pode ser feita, em média, a partir dos 15 anos de idade, quando a estrutura facial está completamente formada. "Até os 18 anos, o procedimento deve ser realizado com o acompanhamento e consentimento dos pais. É importante que haja também preparo psicológico para todo o processo."

A jornalista e especialista em cobertura de gênero, Cris Fibe, acredita que não teríamos menos questões com a aparência se as redes sociais não existissem. Durante o "Sem Filtro" de hoje (20), ela contou que tinha 7 anos de idade quando começou a se preocupar com padrões de beleza.

"Acho que independe das redes sociais, cada hora é uma coisa. Talvez a rinoplastia [seja de hoje], mas nós estamos sempre querendo nos encaixar em padrão desde que mundo é mundo", falou ela.

Seguem aqui os outros temas que foram destaque nesta edição do "Sem Filtro":

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Em situações forjadas como trabalho doméstico, mulheres são mantidas em cárcere privado, sem direitos e sem carteira assinada. "A patroa disse que eu seria a 'filha de criação' dela", contou Neuza Nascimento.

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A jornalista e especialista em cobertura de gênero Cris Fibe reiterou a importância de denunciar quando há sinais de que pessoas estão sendo exploradas no trabalho.

"É importante observar se há crianças e idosos que não fazem parte de determinada família e que estão ali sem se comunicar com a vizinhança", falou. Dá para fazer denúncias anônimas para a polícia —federal, civil e militar— ou pelo Sistema Ipê, do governo federal.

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Questões emocionais impactam a fertilidade feminina: uma pesquisa do Instituto Valenciano de Infertilidade, uma referência na área, diz que 65% das mulheres passam por algum obstáculo para se tornarem mães por questões psicológicas.

Assista ao Sem Filtro

Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.

Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal UOL.

Veja a íntegra do programa: