Carioca choca ao mostrar foto de seu bebê gigante: 'Já nasceu na faculdade'
A autônoma carioca Ana Paula de Oliveira Pereira, 21, impressionou milhares de pessoas ao mostrar o tamanho que sua filha Alice tinha ao nascer, no Rio de Janeiro. A imagem do bebê de 49 centímetros e 4,5 kg sendo segurada por uma enfermeira, em contraste com a foto de Ana Paula, com uma pequena barriga de grávida, lado a lado, foram o suficiente para o caso ganhar fama no Twitter (e chocar algumas pessoas).
Apesar de não ter engordado muito durante a gravidez — apenas 5 kg ao longo dos nove meses —, os últimos exames já deixavam claro que Alice seria maior que o comum. Justamente por isso, os médicos optaram por fazer uma cesariana.
"O tamanho da barriga não tem nada a ver, porque, até o último mês, eu tinha barriga pequena. Na última ultrassonografia, a Alice apareceu com 4 quilos e 100 gramas e ela nasceu 2 dias depois, com 400 gramas a mais", diz a jovem.
Ao UOL, Alice contou que sua filha virou o xodó da maternidade, porque era a única menina do berçário, e, claro, por chamar a atenção devido ao peso.
A mais nova mamãe até fez uma brincadeira: "a criança já nasceu na faculdade" e os usuários entraram na onda, com: "nasceu comendo um x-tudo" e "não tomou mamadeira, foi comer uma quentinha".
A publicação em que mostra a primeira imagem de Alice, postada em 31 de outubro, já conta com mais de 180 mil curtidas.
Alice é a primeira e única filha da autônoma, mas ela não se assustou com o tamanho da bebê, porque houve casos semalhantes em sua família. Ela mesma nasceu com 3 quilos e 800 gramas com 35 semanas, duas menos que sua filha.
E o histórico familiar de bebês grandes não para por aí: um primo dela nasceu com 5 quilos, uma prima nasceu com 4 quilos e meio e o pai da criança, com mais de 5 quilos. "Eu não tive diabetes gestacional. Não fui irresponsável e nem comia muito doce", afirma.
Quando vi o último raio-x já imaginei o tamanho da criança. Então, comprei roupas para recém-nascido nem PP, mas sim do P para cima.
Ana Paula de Oliveira Pereira
Ela complementa dizendo que teve hiperêmese gravídica, que é a ocorrência de vômitos incontroláveis durante a gestação. De acordo com Ana, isso levou à glicose baixa no sangue, ou seja, hipoglicemia durante a gravidez, por isso, precisou ficar internada. Mas a jovem e a filha não foram acometidas de diabetes.
Alice, inclusive, já perdeu peso. Hoje, um mês após seu nascimento, ela pesa o mesmo de quando nasceu. Sua mãe afirma que o inchaço também a fez parecer maior na foto.
Existe tamanho certo?
O médico e obstetra Rogério Tabet diz que, apesar do peso do recém-nascido não seguir um padrão, não é normal um bebê nascer tão grande assim. Abaixo de 4 quilos, o recém-nascido é considerado dentro do padrão. Acima dessa marca, considera-se um caso de macrossomia fetal, característica dos bebês grandes, popularmente chamados de gigantes.
Entre os motivos para o tamanho exacerbado do bebê, o especialista cita três: o primeiro deles, e mais comum, são as doenças preexistentes, como diabetes gestacional. "Quando descompensada e mal controlada, os bebês tendem a nascer com mais de 4 quilos", explica o médico.
Se a mãe tiver diabetes é preciso observar o bebê, porque ele pode ter picos de hipoglicemia ao nascer. Então, se esse for o caso, recomenda-se uma investigação pós-parto, informa o profissional de saúde.
O segundo motivo é a má formação, como inchaço ou crescimento anormal de algum órgão. A hidrocefalia, por exemplo, pode causar o aumento do tamanho do feto.
O terceiro é constitucional. Então, se um casal tem biotipo grande, com grande massa óssea, pode acontecer. Nessa hipótese, não é considerada uma comorbidade.
Para a mãe, por sua vez, o grande problema é a via de parto. Por isso, decidir se vai ou não ser feito o parto normal é crucial. "Se o bebê é macrossômico, há uma tendência a ser cesária", coloca o médico.
Há outros fatores para a avaliação parto que envolvem o bebê e a gestante, incluindo o fato de ser ou não a primeira gravidez, as comorbidades associadas ao pré-natal de alto ou baixo risco, se a criança nasceu ou não prematura, entre outros. Por isso, é preciso avaliar cada fator, caso a caso, finaliza Tabet.
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