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EUA: A mulher que motivou decisão favorável a trans e não viu sua vitória

Aimee Stephens (à esquerda) e sua esposa Donna - Astrid Stawiarz/Getty Images for Out
Aimee Stephens (à esquerda) e sua esposa Donna Imagem: Astrid Stawiarz/Getty Images for Out

De Universa

17/06/2020 11h24Atualizada em 17/06/2020 14h05

Aimee Stephens agora é um nome que faz parte da história dos Estados Unidos. Ela foi uma das pessoas que processou antigos empregadores após ser demitida e discriminada por sua identidade de gênero.

Stephens morreu em maio deste ano de complicações renais e não viu a decisão histórica da Suprema Corte dos EUA que proíbe a discriminação e demissão por identidade de gênero ou orientação sexual.

Em 2013, ela trabalhava havia seis anos como diretora funerária nas Casas Funerárias RG & GR Harris em Garden City, Michigan, quando anunciou que era uma mulher trans e que iria passar pela cirurgia de redesignação de sexo. Stephens foi demitida pouco depois.

Na época, ela escreveu uma carta para chefes e colegas dizendo que iria trabalhar com roupas adequadas à sua identidade. "O primeiro passo que devo tomar é viver e trabalhar em tempo integral como mulher", disse Stephens. "Voltarei ao trabalho como meu verdadeiro eu", disse ela, acrescentando: "Com trajes de negócios apropriados".

Em entrevista à CNN, a esposa de Aimee Stephens, Donna Stephens, celebrou a memória da esposa. "Minha esposa Aimee era minha alma gêmea. Ficamos casadas por 20 anos. Nos últimos sete anos da vida de Aimee, ela se tornou uma líder que lutou contra a discriminação contra pessoas trans", afirmou.

Para Donna, a decisão representa o legado de Aimee.