"Como uma mulher de cor, tive que trabalhar duro", diz Zoe Saldana

Primeira atriz a participar de três filmes que ultrapassaram a marca de US$ 2 bilhões ("Vingadores: Guerra Infinita"; "Vingadores: Ultimato" e "Avatar"), a americana de Nova Jersey Zoe Saldana entrega: "Como uma mulher de cor, construindo uma carreira em Hollywood, tive que trabalhar duro para provar que sou inteligente, talentosa e digna".
Num artigo publicado no "Dailymail", a Gamora das telonas falou sobre o impacto de interpretar papéis femininos fortes na vida dos "pequenos Zoes" como ela, e que tornou-se a heroína de que precisava ser.
Filha de pai dominicano e mãe porto-riquenha, ela classificou como doloroso crescer em um país onde se é considerado um "outro", "porque você é excluído da narrativa da vida".
Ela exemplifica: quando pequena admirava atrizes como Whoopi Goldberg atuando, mas que fora das telas, no mundo real, não via ninguém parecido com ela.
"Quando você mostra a uma criança alguém que se parece com ela, e a sua jornada de sucesso, ela acredita que pode fazer aquilo. No entanto, minha mãe nunca me criou para me vitimizar", ponderou Zoe.
Ela fala ainda de um grande impacto na sua vida: o pai da atriz morreu quando ela tinha apenas 9 anos de idade, num acidente de carro, e essa tragédia a fez crescer mais rápido e se tornar "masculina".
"Eu senti que tinha que ser o 'homem da casa' para minha mãe. Toda vez que saía, ela me dizia: 'Eu espero que você goste deles'. Era para me lembrar que eu importava, e o que eu sentia pelos outros importava tanto quanto o que eles sentiam por mim", ela justificou, para continuar:
"Como uma mulher de cor, construindo uma carreira em Hollywood, tive que trabalhar duro para provar que sou inteligente, talentosa e digna. No entanto, eu sabia que nunca iria desistir. Como resultado, tornei-me a heroína de que precisava. Eu sempre fui ciente do impacto que teria para os pequenos Zoes, parecidos comigo, ao me virem interpretando papéis femininos fortes e saberem que podem fazer qualquer coisa também. Eu me tornei o super-herói que eu queria ser".
Ano passado, a atriz montou uma plataforma de mídia digital, a BESE (bese.com), para celebrar a diversidade cultural.
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