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Custo do casamento da princesa Eugenie gera debate político no Reino Unido

Princesa Eugenie e o noivo, Jack Brooksbank - Getty Images
Princesa Eugenie e o noivo, Jack Brooksbank Imagem: Getty Images

da Universa, em São Paulo

17/08/2018 15h48

Um novo casamento real está dando o que falar no Reino Unido: o da princesa Eugenie de York, prima de William e Harry, que subirá ao altar no dia 12 de outubro com o empresário do ramo de vinhos Jack Brooksbank.

O motivo? Os custos envolvidos na celebração. Afinal, apesar de os gastos da cerimônia e da recepção terem sido cobertos pelos noivos, a ocasião será executada com pompa semelhante a do casamento do duque e da duquesa de Sussex, o que significa um expressivo extra em segurança — que deverá sair dos cofres públicos.

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Segundo o "Mirror Online", que teria ouvido uma fonte próxima à família real, o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth e pai da noiva, fez questão que o casamento de Eugenie fosse celebrado em grande estilo como outros enlaces reais. O local da cerimônia, por exemplo, é o mesmo da união de Harry e Meghan: a Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor. 

Diante dos recentes ataques terroristas que aconteceram na terra da rainha, um evento desta proporção, que contará também com a procissão pública pelas ruas da cidade, precisa de forte presença policial, entre outros cuidados.

No entanto, enquanto o casamento saiu por £ 750 mil, segundo o "Mirror", cerca de R$ 3,75 milhões, estas precauções custarão £2 milhões, isto é, R$ 10 milhões.

Como Eugenie é apenas a 9ª na linha de sucessão do trono e não serve à coroa como William e Harry — ela tem um emprego civil — parlamentares britânicos têm se manifestado contra o fato de os contribuintes terem de pagar a conta da segurança da ocasião. 

"É um escândalo quando você tem pessoas dormindo nas ruas e sob as garras da pobreza enquanto outras estão se entregando a um óbvio consumismo. Eles [Eugenie e Jack] estão tão longe de serem pessoas normais quanto possível", disse o parlamentar do partido trabalhista Chris Williamson em referência à declaração da princesa à "Vogue" de que queria ser vista como "normal" e "real".

"Ninguém tem seu casamento pago pelos bolsos públicos. E eles têm os recursos para fazer isso por si mesmos", concluiu.

Emma Dent Coad, do mesmo partido, também se manifestou à publicação. "Nestes tempos de altos riscos de segurança, é irresponsável para um membro menor da família real ter um casamento de alto perfil e tão público".

Defensores da princesa nas redes ponderaram que, como neta da rainha, ela tem direito a se casar em Windsor.

Além disso, a presença de sua avó, do príncipe George e da princesa Charlotte, que serão pajem e daminha, além de convidados célebres como Cara Delevingne, Kate Moss, George e Amal Clooney exigiria maior cuidado com a segurança do local.

No entanto, críticos apontam que outros netos da rainha, como Zara Tindall, escolheram se casar em cerimônias pequenas que não exigiram tamanhos gastos e cuidados. 

Um porta-voz da família real respondeu ao "Mirror" que "gastos de segurança serão divididos entre as forças policiais e a câmara de Windsor, mas todos os custos restantes seriam pagos de maneira privada pelo casal".