7 coisas que as pessoas deveriam parar de fazer com as grávidas

Na tentativa de dar atenção ou ajudar, algumas pessoas acabam dando a maior bola fora na abordagem às gestantes. Entre palpites não solicitados, informações sem fundamento e grosserias, o impacto negativo dessas atitudes nas emoções das futuras mães pode ser avassalador. O ideal seria oferecer auxílio real, perguntando se há algo que possa fazer. Eis algumas condutas a evitar:
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1. Colocar a mão na barriga sem pedir.
"Barriga de grávida costuma virar domínio público, mas não deveria. Todo mundo acha que pode passar a mão. Não pode, trata-se do corpo de uma pessoa. É uma invasão de privacidade", declara Mônica Bayeh, psicóloga clínica e psicoterapeuta, do Rio de Janeiro (RJ). Há mulheres que curtem esse carinho e não ligam, mas muitas se incomodam. Então, sempre é melhor perguntar antes.
2. Fingir que não vê a grávida em pé numa fila ou no ônibus
Muita gente pensa: "gravidez não é doença!". "Não, não é, mas é um momento que requer alguns cuidados, sim. Afinal, o corpo está trabalhando para gerar uma vida. A circulação e a oxigenação da mulher mudam, por exemplo, por isso as grávidas têm prioridade e atendimento preferencial. É preciso respeitar", fala Julia Bittencourt, psicóloga clínica com experiência no atendimento de crianças, gestantes e mães, do Rio de Janeiro (RJ). Sem contar que ignorar uma gestante nessas situações é uma tremenda falta de educação e empatia.
3. Colocar terror na futura mãe
Tocar o terror dizendo coisas como "aproveita para dormir agora", "você vai ver só o tamanho da sua barriga no nono mês" e coisas do tipo. Cada gravidez é única, assim como os bebês são diferentes uns dos outros. Portanto, qualquer tipo de generalização não corresponde, necessariamente, à realidade que aquela mulher vai encarar. "Além disso, a gravidez é um momento em que muitas mulheres ficam mais inseguras, por ser um momento novo em suas vidas. Esse terror só atrapalhar. Em vez disso, diga palavras de conforto e apoio", diz Julia.
4. Perguntar detalhes se não tiver nenhuma intimidade com a gestante
Gerar uma vida encanta e mexe com o imaginário das pessoas. Uma certa curiosidade é normal, mas lembre-se que determinadas informações não são da sua conta. Há muita gente por aí que manda perguntas do tipo "seu marido ficou feliz?", "você engravidou naturalmente?" ou "a gravidez foi 'acidente' ou você planejou?". Por favor, não seja uma dessas pessoas. Toda mulher tem o direito de guardar para si determinados pormenores. Até porque ninguém faz ideia do que se passou até a confirmação da gestação ou imediatamente após.
5. Contar histórias tenebrosas de partos
As mudanças hormonais mexem demais com as emoções das mulheres grávidas. Há quem, na tentativa de ajudar ou aconselhar, acaba assustando a gestante com casos de bebês enrolados no cordão umbilical, partos que demoraram 39 horas e outros relatos horripilantes. "Em vez de repassar experiências, a pessoa só contribui para que a grávida passe a temer o parto. Que tal oferecer apoio e ressaltar a importância da saúde da mãe e do bebê em primeiro lugar?", sugere Ellen Moraes Senra, psicóloga especialista em terapia cognitivo-comportamental, do Rio de Janeiro (RJ)
6. Ficar "narrando" as mudanças físicas.
"Você já tem/ainda não tem cara de mãe", "Nossa, que pé inchado!", "Seu nariz já está com formato de batata"... A lista de comentários desnecessários sobre a aparência da gestante é infinita. E bem inútil. A gestante tem espelho em casa e acompanha bem de perto as transformações que vêm ocorrendo. "Várias mulheres se sentem plenas e lindas na gestação, mas muitas têm a autoestima abalada, justamente por tantas mudanças no corpo, além das mudanças hormonais e psicológicas. Portanto, é melhor evitar esse tipo de comentário! Em vez disso, elogie a grávida! Afinal, quem não gosta de um elogio?", diz Julia.
7. Duvidar da grávida ao vê-la em uma vaga, fila ou assento se ela tiver "pouca barriga".
Querer confrontá-la é pedir para passar vergonha, certo? Muita gente acredita que toda gestante precisa ter uma barriga imensa que comprove seu estado, independentemente da anatomia ou do biotipo. Se isso não ocorre, a mesma pode sofrer inúmeras críticas sobre o desenvolvimento do bebê ou até mesmo sobre seus cuidados alimentares. "Opiniões e perguntinhas desse gênero podem gerar preocupação e desconforto desnecessários. Como essa fase já é recheada de inseguranças, seria mais do que válido guardar esse tipo de 'pitaco' ou uma possível reclamação para para si", fala Ellen.
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