Topo

Vanessa da Mata defende presentes que não sejam "kit cozinha" para meninas

Reprodução/Twitter
Imagem: Reprodução/Twitter

Da Universa

13/05/2018 18h03

Aproveitando o dia das mães, a cantora Vanessa da Mata usou as redes sociais neste domingo (13) para questionar os brinquedos que são dados para as meninas.

Mãe de três filhos, frutos de adoção, ela diz ter se espantado quando quis comprar presentes para suas crias -- dos quais obteve a guarda justamente em um dia das mães, em 2010.

“Havia me desconectado do tempo deles, então fui comprar roupas, calçados e os tais desenhos animados que eu tanto gostava.Comprei ‘Os Trapalhões’ que eles amavam, ‘He-Man’,’Caverna do Dragão’ e minha mãe chorava de rir, porque ela dizia que os desenhos já haviam passado há muito tempo”, relembrou em seu perfil no Twitter.

Leia também

“Aí o mais velho me pediu uma toalha do ‘Ben 10’, eu pensei: ‘Ben 10… o que é isso’? Minha mãe chorando de rir de novo, disse: ‘Menina, é a coqueluche dessa geração’! Os brinquedos dos meninos incitavam um mundo fora, a liberdade, a extroversão, a estrada, a escolha, o mundo. Tudo certo. Até que eu fui escolher os brinquedos da menina… Minha filha tinha 5 anos e meio. Fiquei chocada!”.

“Fogãozinho, panelinha, rodinho, vassourinha, casinha, mamadeirinhas, pia, panelinhas, bonequinhas, bonequinha que chorava, [boneca] para trocar frauda…”, relatou. A partir daí, a cantora começou a se questionar. “Não estaria incutindo na cabeça dela um sonho desconectado da realidade dos meninos e da atualidade em que ela estava? Eu não queria que ela tivesse apenas uma escolha.

Segundo Vanessa, a solução foi comprar duas bonecas: uma parecida com ela e outra com a aparência da filha para que ela fizesse uma interação menos maternal e mais de amiga.

“Presentes são escolhas e muitos não precisam ser aceitos! Se quisermos meninas sofredoras que não estão mais conectadas com essa realidade padrão de 1930, 1950, então continuemos dando os mesmos brinquedos.Mas as meninas libertas de padrões submissos, repressivos, precisam ter liberdade de escolha, liberdade com o carrinho e as amigas para passear, liberdade de escolher e não sermos escolhidas na hora de escolher alguém”.

Vanessa conclui: “É preciso dar liberdade de escolha.E assim a minha filha brincou com carrinho de controle remoto com as suas amigas,e até hoje tem a boneca que se parece comigo e a boneca que se parece com ela”.