Após cena polêmica em novela, Ministério da Saúde alerta sobre amamentação

Uma cena da novela "O Outro Lado do Paraíso" criou polêmica e fez com que o Ministério da Saúde divulgasse o alerta: uma mãe não deve amamentar outra criança em seu peito que não seja o seu filho, pois há risco de transmitir doenças como HIV e hepatite B, entre outras.
A confusão se deu porque no capítulo da última terça-feira (27), Samuel (interpretado por Eriberto Leão), médico psiquiatra e diretor do hospital da cidade, ofereceu sua esposa para ser "ama de leite" de outra criança. "A minha mulher, a Suzy, ela tem muito leite. Ela poderia amamentar o neto de vocês se vocês assim quiserem", disse o personagem de Eriberto à família de Nádia (papel de Eliane Giardini) no capítulo 133 do folhetim. Ao tentar convencer a esposa, Samuel ainda afirma que este seria "um gesto nobre".
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Na trama, nenhum dos personagens que ouviu a proposta estranhou o fato. Já nas redes sociais, grupos de mães fizeram coro para reclamar de como a TV Globo tratou a chamada amamentação cruzada. "A prática traz diversos riscos ao bebê, podendo transmitir doenças infectocontagiosas, como a Aids", escreveu Giovanna Balogh em sua página "Mães de Peito" no Facebook.
A discussão fez com que especialistas se pronunciassem nesta quarta-feira (28). "O leite materno oferecido nos bancos de leite passa por um processo de pasteurização, anulando o risco de transmissão de tais doenças. Então, se você ou alguém que você conheça não está conseguindo amamentar, busque ajuda de seu pediatra ou de um banco de leite", orienta a pediatra Andréa Kasmim.
"Essa prática é contraindicada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pois oferece risco de transmissão de doenças infectocontagiosas, como o HIV/AIDS, sobretudo para as crianças", alerta um comunicado da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A SBP ressalta ainda que não existe leite materno fraco. "É importante destacar que a amamentação deve ser estimulada, pois é o único processo natural que garante acesso ao alimento completo e mais adequado para as crianças. Por isso, deve ser oferecido, de modo exclusivo, nos seis primeiros meses, podendo ser complementado a partir de então", orienta a Sociedade.
Procurada pela reportagem da Universa na tarde desta quarta-feira, a TV Globo ainda não se pronunciou a respeito do tema.
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