Grammy 2018: As mulheres que vão movimentar a noite do Oscar da música
Se neste ano não há Beyoncé -- a não ser como companhia de Jay-Z no evento — o Grammy ainda assim contará com uma lista forte de mulheres entre seus apresentadores, concorrentes e performers que vai brilhar na noite.
E não apenas musicalmente: engajadas, elas devem trazer os movimentos #MeToo e "Time's Up" à pauta. Confira:
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Kesha
A noite é dela: depois de cinco anos sem produzir material novo e enfrentar uma longa batalha legal contra Dr. Luke — o produtor que controlava sua carreira e que a abusou sexualmente — a cantora volta ao Grammy para apresentar "Praying", faixa de "Rainbow" em que ela narra as violências que sofreu e como as superou.
O produtor da premiação, Ken Ehrlich, disse ao "Yahoo!" que Kesha deve trazer ao palco uma manifestação de apoio ao movimento #MeToo, em que mulheres denunciaram seus assediadores. Ela também concorre nas categorias Melhor Performance Solo de Pop e Melhor Vocal de Álbum Pop.
Miley Cyrus
Apesar de não concorrer em nenhuma categoria, Miley é uma das atrações da noite. Ela entregará a Elton John o prêmio da Academia Fonográfica pelas conquistas de sua carreira e, em seguida, deve se apresentar ao lado do veterano, que anunciou este mês sua aposentadoria dos palcos. A homenagem preparada por Miley a ele é um dos destaques da premiação.
Kelly Clarkson
Além de ser uma das apresentadoras da noite, Kelly concorre ao Grammy na categoria Melhor Performance Solo de Pop por "Love So Soft".
A cantora também costuma se posicionar de maneira firme nas entrevistas e mídias sociais a respeito de questões como o assédio e já confirmou que deve aderir ao protesto com a rosa branca no grande dia.
É possível ainda que ela faça alguma manifestação de apoio à Kesha em público já que ela mesma conta que perdeu milhões e abriu mão de um crédito em uma música "para não ver seu nome ao lado de Dr. Luke".
Alessia Cara
Ela é uma das revelações do momento da música pop. Concorrendo nas categorias de Melhor Novo Artista, Melhor Performance de Duo ou Grupo Pop (com Zedd na faixa "Stay") e Melhor Vídeo Musical, ela pode fazer mesmo história e diferença no último prêmio que disputa, o de "Música do Ano": sua faixa ao lado de Khalid e do rapper Logic "1-800-273-8255" foi batizada com o número de telefone da Linha Nacional de Prevenção ao Suicídio nos EUA.
O tema da letra, forte e relevante, deve render uma performance poderosa no palco, ainda que ela não seja executada.
Lady Gaga
Gaga é uma das performers do evento e disputa o prêmio nas categorias Melhor Performance Solo de Pop e Melhor Vocal de Álbum Pop. Sobrevivente e ativista no combate ao abuso sexual ela mesma, além de testemunha do caso de Kesha contra Dr. Luke nos tribunais, os experts do pop acreditam que ela deve juntar aos protestos e até preparar algum ato solo de posicionamento ao subir ao palco.
Pink
A cantora é uma voz poderosa pelo empoderamento feminino e um dos nomes no line-up do evento, além de concorrente da categoria de Melhor Performance Solo de Pop com "What About Us". Sempre ousada, é possível que seja dela a apresentação mais movimentada e comentada da noite.
Lorde
Única mulher na categoria Melhor Álbum do Ano, com "Melodrama", Lorde é a resistência feminina entre as grandes estrelas masculinas da noite. E ela falou abertamente sobre o movimento #MeToo na mesma entrevista à "Billboard" em que comentou sua indicação.
"O que é interessante sobre este momento é que cada homem que eu conheço agora tem que conferir seu comportamento — e reconhecer seus preconceitos e misoginias, reexaminar seu entendimento de consentimento. Já passou da hora e é algo vital. E é algo que só acontece quando as pessoas são corajosas o suficiente para compartilhar suas histórias e derrubar estes caras. Acho que toda mulher agora pensa: 'Meu Deus, está acontecendo!'".
Vem mais profecia de Lorde por aí? Resta aguardar.
Rihanna
Tendo dedicado boa parte de 2017 a "Fenty Beauty", sua marca de beleza, Riri só concorre na categoria de Melhor Performance de Rap por uma parceria com Kendrick Lamar em "Loyalty".
No entanto, ela é uma das grandes ativistas do momento hoje pela educação de mulheres ao redor do mundo com a Clara Lionel Foundation, sua fundação que constrói escolas e oferece bolsas de estudo para garotas em situações de pobreza e/ou países em desenvolvimento. Em uma noite politizada, ela pode surpreender, portanto.
Taylor Swift
Apesar de não ser uma das concorrentes das grandes categorias este ano — seu nome só disputa nas categorias de composição de Melhor Música Country, com "Better Man"; e de Melhor Música Composta para Mídias Visuais, pela parceria com Zayn em "I Don't Wanna Live Forever", da trilha de Cinquenta Tons Mais Escuros —, Taylor Swift é sempre uma caixinha de surpresas.
Por isso, assim como no caso de Rihanna, a mídia especializada internacional não descarta um grande ato (político) dela caso suba ao palco como vencedora. Até porque ela venceu o processo de assédio contra o DJ David Mueller e foi eleita uma das personalidades do ano sobreviventes de violência sexual pela "Time".
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