Escola nova assusta mesmo, veja dicas para ajudar o filho a encarar a troca
Toda mudança gera expectativa e ansiedade, mesmo entre os adultos. Imagine, então, o que significa para uma criança ou um adolescente trocar de escola.
Daí a importância de apoiar seu filho nessa fase de adaptação. A seguir, confira algumas dicas de como prepará-lo para que a transição seja positiva para o crescimento dele.
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Jogue limpo
Seja lá qual for a razão da transferência —por mudança de endereço, adequação do orçamento ou busca de ensino de melhor qualidade—, é essencial falar abertamente com o filho sobre o assunto, pois é algo que interfere diretamente na vida intelectual, cultural e social dele.
É bom que ele se sinta à vontade com essa TROCA, para evitar possíveis conflitos emocionais. E, nesse sentido, não há nada melhor do que o diálogo. A recomendação é conversar com o filho assim que a família tomar a decisão de fazer a mudança e não em cima da hora, para que ele se sinta incluído no processo, desde o início.
Também é aconselhável falar sempre de maneira positiva sobre o novo colégio. Uma dica é abrir o site da escola com ele, para que possa fazer um reconhecimento gradual do novo espaço. E atenção: mostre ao filho que você tem certeza da escolha feita. Isso vai deixá-lo mais tranquilo.
Inclua o filho nos preparativos
Deixe-o participar de todas as etapas dos preparativos, como a compra de material escolar e de uniforme. Mesmo se for adquirir tudo on-line, chame-o para opinar e fechar a compra com você. Mostre que o ponto de vista dele é importante, ainda que a decisão final seja sua.
Outra dica interessante é visitar a escola com ele, para que conheça o espaço e professores e colegas, se for possível. Tudo isso vai dar mais segurança para ele iniciar o ano letivo no novo ambiente.
“Tchau, amigos”
Muito provavelmente, a maior preocupação do filho com a mudança será deixar os amigos. A família pode ajudar muito nesse momento, lembrando à criança ou ao adolescente que os amigos podem não fazer parte da rotina diária e, mesmo assim, continuarem presentes na nossa vida.
Ele vai ficar mais seguro se souber que poderá marcar encontros com a turma da escola antiga, por exemplo. É bom lembrá-lo, ainda, que os novos colegas poderão surpreendê-lo positivamente. E, quanto maior o número de amigos que ele conseguir fazer, melhor.
Cuidado com o excesso de expectativas
Geralmente, não é só a criança ou o adolescente que fica ansioso por conta da mudança. Os pais também têm sua dose de expectativas diante da nova situação, o que é normal. Mas é bom tomar cuidado com o que você deixa transparecer.
Os especialistas recomendam que as conversas sobre a mudança de colégio sejam claras, mas sem muitos detalhes, para que o filho não crie fantasias sobre o que vai encontrar.
Ressalte os aspectos positivos, sim, mas sem mascarar as possíveis dificuldades. Explique que a adaptação é algo que leva um tempo e reforce que estará sempre por perto, para apoiá-lo no que for necessário.
Foque na autoestima
Trabalhar a autoestima é importante não só para uma mudança de escola, como para a vida. Ajude seu filho a desenvolver a autoconfiança, para que ele possa lidar com a novidade de maneira mais tranquila.
É importante que ele esteja preparado para qualquer ocasião, até mesmo as desagradáveis, para que não haja uma frustração exagerada, capaz de abalar o equilíbrio emocional. Lembre-o de que ele é capaz de fazer qualquer coisa, como se adaptar a uma nova rotina de estudos, por exemplo.
Demonstre interesse pelos sentimentos dele, sem minimizá-los. Como sempre, a empatia deve prevalecer nessa hora. O diálogo e o apoio serão as melhores formas de amenizar os medos que ele vai apresentar.
Adolescentes são um caso à parte
Em geral, os jovens se mostram mais resistentes à mudança de escola, até porque criaram um vínculo maior com os amigos. Com eles, o papo deve ser ainda mais esclarecedor, uma vez que já conseguem entender melhor a realidade da família.
Além de explicar os motivos da transferência, é bom lembrar que amizades vão surgir em qualquer ambiente, inclusive na nova escola. É fundamental, também, dar espaço para que eles expressem seus sentimentos com relação à mudança. E, claro, que eles se sintam participantes ativos de todo o processo.
Fontes: Natália Sanchez, pedagoga especializada em neuropsicopedagogia, professora do colégio Monteiro Lobato, em Itu (SP); Rita de Cássia Galvani, diretora pedagógica do Lumina Instituto Educacional; Helida Felgueiras, pedagoga e coordenadora do Colégio Friburgo; Erika Karla Barros da Costa da Silva, psicopedagoga e coordenadora do curso de pedagogia da Anhanguera de Campo Grande (MS); Antonio Carlos Martins do Nascimento, coordenador pedagógico do ensino fundamental dois do Colégio Salesiano Santa Teresinha, e Katty Kurozawa, psicóloga, orientadora profissional e especialista em desenvolvimento emocional.
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